A internet insistiu, a Joana insistiu, e eu lá cedi: finalmente li Open Water de Caleb Azumah Nelson, um livro que é uma autêntica carta de amor. Mas, claro, uma carta de amor em que nem tudo é dito porque as emoções nem sempre se podem transformar em palavras e frases coerentes. Um homem e uma mulher conhecem-se num bar em Londres, ela namora com um amigo dele. São ambos negros e estão ambos ligados às artes — ela é bailarina, ele é fotógrafo e poeta. Ele apaixona-se (...)
Imaginem-me no aeroporto de Gatwick a fazer tempo até apanhar um voo, com uma The Bookshop by WHSmith no campo de visão. Claro que vai dar em compra de livros, não é mesmo? E assim foi: controlei-me, porque só trouxe um livro, mas aproveitei que tinha um voo para Lisboa (e que tinha terminado um livro) para começar logo a ler este. Andava há que tempos para ler qualquer coisa de Douglas Stuart, e embora a escolha mais óbvia fosse começar por Shuggie Bain, a sinopse e capa de Y (...)
Lizzie & Dante, de Mary Bly, foi um daqueles livros que comprei pela capa, com a promessa de um romance leve para ler em dias mais quentes. Já me tinha esquecido que o tinha quando a Joana o escolheu como livro de Abril para o nosso Clube do Livra-te, mas fiquei feliz por ter uma desculpa para o pôr mais acima na pilha de livros para ler. Para quem não sabe do que se trata: Lizzie mora em Nova Iorque, está na casa dos trinta, e aceita o convite de um casal amigo para passar (...)
Começo com uma confissão: depois de ler Winter, estava com algum medo de ler Spring, de Ali Smith. Isto porque, embora eu adore qualquer coisa que esta mulher escreva, a experiência de ler um livro invernal idealizado por ela foi mesmo como passar por uma estação fria e dolorosa. Mas nada como dar uma oportunidade à Primavera, a época em que tudo renasce, e ainda bem que o fiz. Como é habitual nestes livros sazonais de Ali Smith, Spring traz diferentes histórias e (...)