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Rita da Nova

Qui | 15.06.23

Sea of Tranquility, Emily St. John Mandel

Não tenho o hábito de ler ficção científica e, admito, também me falta a curiosidade em relação ao género. Porém, nas raras vezes em que acabo por ler qualquer coisa nesta área, acabo sempre a gostar bem mais do que pensaria ser possível. Sea of Tranquility, de Emily St. John Mandel, já me tinha sido recomendado tantas vezes, que não resisti a trazer esta edição tão bonita de Londres.

 

sea-of-tranquility-emily-stjohn-mandel.JPG

 

Iniciei a leitura um pouco perdida, como acho que acontece sempre que estamos perante um livro com viagens no tempo. Vamos conhecendo várias personagens em diferentes momentos — começamos em 1912, passamos por 2020, por 2203, por 2401 —, a princípio sem saber muito bem como é que as diferentes histórias se vão relacionando. Isto é até percebermos que um tal de Gaspery-Jacques Roberts está sempre envolvido, de uma forma ou de outra.

 

My point is, there’s always something. I think, as a species, we have a desire to believe that we’re living at the climax of the story. It’s a kind of narcissism. We want to believe that we’re uniquely important, that we’re living at the end of history, that now, after all these millennia of false alarms, now is finally the worst that it’s ever been, that finally we have reached the end of the world.

 

Não vou dizer muito mais sobre o enredo, sob pena de vos estragar a leitura. Em vez disso, vou dizer que é um livro bastante actual e que, mais do que ser uma ficção científica difícil de compreender, opta por usar o género para abordar temas muito humanos e actuais, como é o caso da pandemia. E digo também que fiquei rendida à escrita de Emily St. John Mandel — é uma prosa com um quê de poesia, é melódica sem se perder demasiado em floreados. Não sei bem explicar, acho que terão mesmo de lhe dar uma oportunidade para compreenderem o que digo.

 

Saí desta leitura com a certeza de que quererei ler Station Eleven, outro livro da autora de que já ouvi falar muito bem. Que outros me recomendam dentro deste género?

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