São Miguel, Açores // Guia (parte 2)
Bem-vindos à segunda parte deste mini-guia para uma viagem a São Miguel, nos Açores. Antes de avançarem, se ainda não leram o primeiro post, o que é que estão aqui a fazer? Toca a ir ler, vá. Até vos deixo aqui e espero por vocês. Já está? Boa, então vamos lá a isto. Se na primeira parte falámos essencialmente de lagoas, miradouros e praias e piscinas naturais, agora é altura de vos recomendar outros pontos essenciais numa ida a esta ilha, como trilhos pedestres, termas, outros pontos de interesse e comida.
Comecemos pela natureza e acabemos à mesa:
TRILHOS PEDESTRES
São Miguel foi o destino perfeito para nós por vários motivos, mas sobretudo pela grande oferta de trilhos pedestres. Desde a nossa viagem à Escócia (hey, podem ler tudo aqui no blog) que nos apaixonámos por percursos de trekking e procuramos sempre férias que tenham essa vertente. Em São Miguel todos os percursos estão devidamente identificados e cuidados, pelo que se torna bastante fácil de encontrar um para fazer (e de fazê-lo com segurança!).
Nos seis dias que estivemos por lá fizemos quatro trilhos pedestres: o da Janela do Inferno, o da Lagoa das Furnas (consiste em dar a volta toda à Lagoa), o do Salto do Cabrito e o do Salto do Prego. São todos incríveis, mas uns mais naturais do que outros - por exemplo, no da Janela do Inferno e no do Salto do Cabrito vão ver vários aquedutos antigos, responsáveis pelo transporte de água, bem como outras construções humanas (túneis, arcos, pontes, etc). Mas está tudo fundido com a natureza, o que torna a aventura ainda mais interessante!
TERMAS
Os Açores são conhecidos pela actividade vulcânica e, portanto, são um dos locais perfeitos para uns banhos nas termas naturais. Em São Miguel há imensos locais onde podem ir a banhos e aproveitar a água quentinha (mas amarela!). Nós tentámos visitar à Caldeira Velha, mas as piscinas estavam inactivas e não estão acessíveis por causa da pandemia. Então acabámos por ir às Poças da Dona Beija e visitar apenas a piscina do Parque Terra Nostra (sem banhos). O Guilherme adorou a experiência, mas eu confesso que embora seja interessante, achei um bocado aborrecido estar só ali sentada. Ah! A água mancha, por isso, se puderem, levem um fato de banho escurou ou que não tenham pena de estragar.
OUTROS PONTOS DE INTERESSE
Há mais coisas para ver e fazer na ilha, que não cabem necessariamente nas categorias de que fui falando aqui. Para além do Hotel Monte Palace, de que já vos falei na primeira parte do guia (a sério, vale mesmo a pena!), recomendo ainda uma visita a Rabo de Peixe depois de investigarem o que aconteceu por lá no início dos anos 2000, um passeio no Parque Terra Nostra, uma passagem pelo Farol do Arnel (o primeiro a ser construído na ilha), uma visita à plantação Ananases Arruda, irem ver as Caldeiras das Furnas e uma ida ao Mercado da Graça, em Ponta Delgada.
E AGORA, JÁ FALAMOS DE COMIDA?
Falamos, claro! Posso dizer-vos que São Miguel é um pequeno paraíso gastronómico - como, aliás, eu já estava à espera. Sempre que dizia às pessoas que ia lá passar a semana do meu aniversário, toda a gente me sugeria imensas coisas para comer e restaurantes onde ir. Comi mesmo muito bem nesta ilha e, como quero que vocês também fiquem satisfeitos, deixo-vos algumas sugestões de restaurantes:
> Tony’s: foi onde comemos o Cozido das Furnas, mas não achei tão bom como a maioria das pessoas diz ser. Era bom, mas achei sobrevalorizado. Algumas (muitas!) pessoas também sugeriram o do Hotel Terra Nostra.
> Taberna Açor: também um dos mais recomendados, com petiscos verdadeiramente açorianos. Comi lá vários queijos regionais e um bife de atum grelhado que minha nossa senhora!
> A Tasca: uma tasca INCRÍVEL, onde vale mesmo mesmo a pena ir. Só aceitam pessoas com marcação, mas nós marcámos de véspera e foi fácil. Gostei de tudo, mas levarei para sempre a Alheira de Santa Maria na minha memória gastronómica.
> Restaurante da Associação Agrícola: é assim, eu evito comer carne, mas é impossível resistir a um bife destes. Simplesmente incrível, juro. Eu comi um com molho de queijo da Ilha e o Guilherme foi pelo mais conhecido, à Regional.
> Ōtaka: um asiático de inspiração Nikkei, bem no centro de Ponta Delgada. Bom para uma refeição não tão tradicional, mas óptima.
> Cais 20: bom para peixe grelhado, já que nos Açores podem encontrar espécies de peixes de que nem nunca ouviram falar. Comemos umas pelas lapas dos Açores e um Cântaro grelhado que estava muito bom.
Para além dos restaurantes, há outras coisas que não podem mesmo perder, principalmente os Bolos Lêvedos. Comi todos os dias de manhã, comprados na Glória Moniz, que são maravilhosos. Depois disso ainda fomos lá comer uma tosta em bolo lêvedo, que era igualmente perfeita. Tive pena de não trazer mais comigo para congelar, tal foi a paixão! Para além disso, recomendo muito uma ida aos Licores Mulher de Capote (provem todos e comprem o de Maracujá e o de Amora para trazer), uma visita às plantações de Chá Gorreana, as Queijadas de Vila Franca do Campo e uma tarde de cocktails ou chá no Louvre Micaelense (Ponta Delgada).
Depois disto tudo está claro que voltava para São Miguel agora mesmo - acreditem, adorei mesmo tudo por lá. Cumpri a minha missão de vos deixar com vontade de conhecer esta maravilhosa ilha? Acharam este guia útil? Falem comigo ali nos comentários 👇