São Miguel, Açores // Guia (parte 1)
São Miguel é um paraíso para quem gosta de viagens de natureza e, por isso, (quase) tudo o que vão ver neste pequeno guia são coisas para fazer ao ar livre. Claro que é preciso ter sorte com o tempo, mas sobre isso deixei-vos dicas neste post. Se gostam de caminhadas, de ver paisagens naturais e comer bem, então este é o destino de férias ideal para vocês!
Como há muita coisa para fazer por São Miguel, decidi dividir este guia em duas partes. Nesta primeira vamos falar de três coisas que compõem a natureza e a paisagem da ilha: as lagoas, os miradouros e as praias. Calma, que não é tão aborrecido quanto parece! Quase todas as lagoas, os miradouros e as praias são bastante característicos, o que faz com que, a cada dia, pareça que estamos numa ilha diferente. Se mais demoras, venham comigo pelas memórias da semana passada em São Miguel:
LAGOAS
Há imensas lagoas para conhecer e ainda nos sobraram algumas para visitar, mesmo depois de seis dias completos na ilha. As três mais famosas são a Lagoa do Fogo, a Lagoa das Furnas e a Lagoa das Sete Cidades. Gostei de todas, mas a do Fogo e a das Sete Cidades foram as que tiveram um impacto maior, uma vez que as vimos num dia de sol e as cores são muito diferentes.
A das Sete Cidades, então, é mesmo importante ser vista com sol porque, na realidade, é composta por duas: a lagoa verde e a lagoa azul - a diferença de cores é mesmo visível num dia sem nuvens. Para além disso, recomendo vivamente que entrem no Hotel Monte Palace, um hotel abandonado desde o final dos anos 90 e que tem uma vista privilegiada para a lagoa. Vão ver algumas placas a dizer que a entrada é proibida e longe de mim estar aqui a dizer para vocês infringirem as regras! Mas se foi o local que mais gostei de visitar em toda a viagem? Foi, não vou mentir.
Para além destas três lagoas principais, há outras que não podem mesmo perder. Recomendo a Lagoa do Canário, a Lagoa de Santiago e a Lagoa do Congro - esta última tem um trilho interessante até lá e é mesmo incrível terminar o percurso com aquela vista!
MIRADOUROS
Se há coisa que não falta em São Miguel são miradouros com as mais diversas vistas e a maioria tem gatinhos para conhecer e dar festinhas (desculpem, mas vocês já sabem que isso para mim é importante!). Ao andarem pela ilha vão ver imensas plaquinhas a indicar os miradouros onde podem parar, sendo que quase todos têm um parque de estacionamento bem tratado para poderem deixar o carro. Aqui fica uma lista de todos aqueles em que parei:
> Miradouro do Pico do Ferro (vista para a Lagoa das Furnas)
> Miradouro da Vigia das Baleias
> Miradouro da Lagoa das Sete Cidades
> Miradouro da Grota do Inferno (fomos lá, mas não conseguimos ver nada com o nevoeiro!)
> Miradouro da Lagoa de Santiago
> Miradouro do Salto da Farinha
> Miradouro da Pedra dos Estorninhos
> Miradouro da Ribeira dos Caldeirões
> Miradouro da Barrosa
> Miradouro de Santa Iria
> Miradouro da Ponta da Madrugada
> Miradouro da Ponta do Sossego
PRAIAS & PISCINAS NATURAIS
Sendo uma ilha, é normal que haja praias por todo o lado. Não são as típicas praias a que estamos habituados: em algumas a areia é escura, noutras nem sequer há areia, só rochedos. De qualquer das formas, é possível tomar banho em vários pontos da ilha, sejam praias (no sentido mais tradicional do termo) ou piscinas naturais formadas em zonas com rochas.
Gostei muito de conhecer a Ponta da Ferraria, uma zona de origem vulcânica conhecida por criar piscinas naturais de águas quentes. Basicamente, é como se fossem tomar banho ao mar, mas a água tem uma temperatura mais elevada. Nós não fomos porque o mar não estava para brincadeiras e, no mesmo sentido, também não podemos aproveitar a zona de Mosteiros (tanto a praia como as piscinas naturais) da melhor maneira - mas sempre são vistas bonitas.
Num registo mais “normal”, vale muito a pena ir passear à Praia do Areal de Santa Bárbara. Já tinha ouvido falar muito desta praia, muito concorrida por quem pratica surf porque, aparentemente, tem óptimas condições para tal. Também não tomámos banho, mas passeámos pelo areal negro e gostei muito.
Onde fomos a banhos, isso sim, foi no Ilhéu de Vila Franca do Campo. É preciso apanhar um barco na marina de Vila Franca do Campo e a viagem dura cerca de 10 minutos (pode ser um pouco mais se, como nos aconteceu, o mar estiver revolto). Quando chegam ao ilhéu deparam-se como uma espécie de lagoa de água do mar, formada no espaço que antes era ocupado por um vulcão. Não só é uma vista incrível, como dá perfeitamente para mergulhar. A água tem uma temperatura boa, é tão transparente que dá para ver peixinhos e têm pé em quase todo o ilhéu.
E por hoje é tudo! Acho que já vos deixei um gostinho do que é explorar São Miguel e de todas as coisas incríveis que esta ilha tem para oferecer. No final desta semana podem contar com a segunda parte deste guia, onde falarei sobre trilhos pedestres, termas, outros pontos de interesse e, claro… comida! Até lá, contem-me: acharam este post útil? E, mais importante ainda, deu-vos vontade de marcar uma viagem para os Açores?