Restaurantes // Trópico do Cais
O Trópico do Cais não é novidade por aqui. No início da semana partilhei convosco o jantar que tive lá com a Mafalda Beirão, no primeiro post da rubrica Dividimos a Conta. Confesso que há muito tempo que queria conhecer o espaço e fiquei super contente quando, da lista de restaurantes Zomato Gold, a Mafalda escolheu este.
A experiência foi tão boa que decidi reservar um espacinho aqui pelo blog para falar apenas do ambiente e da comida. Começo pelo primeiro, que é aquilo que mais chama a atenção mal entramos no Trópico do Cais. É que o nome não podia ser mais literal: estamos no Cais do Sodré, mas mal passamos a porta parece que fomos teletransportados para um país qualquer nos trópicos. Naquele dia nem fazia calor, mas o espaço é tão sugestivo que até parecia que sim.
Ofereceram-me um sumo natural de goiaba enquanto esperava pela Mafalda e ganharam-me logo ali. Na minha viagem a Cuba, em Fevereiro deste ano, acho que não comi mais nada a não ser esta fruta. O balcão enorme e as cores fortes são aquilo que mais nos chama a atenção e, se a isto juntarmos a música boa que vai passando, estão reunidas as condições para começar um jantar que promete durar horas.
Bem sei que, no Dividimos a Conta, perdi muito tempo a descrever-vos as Gyosas que comemos de entrada, mas nunca é demais reforçar que o Trópico do Cais sabe fazê-las mesmo muito bem. Crocantes por fora sem perder a suculência por dentro. Tão boas que não é preciso sequer molhá-las na soja.
A comida deste restaurante também remete para os trópicos e a influência vem um pouco por toda a parte. O Tártaro de Salmão não foge à regra: não é só salmão, é também a frescura da maçã verde cortada fininha e o picante do wasabi. Visualmente é um prato muito bonito, mas não tanto quanto o Tataki de Atum. Já tinha dito que foi o meu favorito da noite, não apenas pela apresentação, mas sobretudo pelo facto de o atum estar cozinhado no ponto.
Para quem não é muito fã de camarões, os Camarões Salteados com Puré de Manga e vinagre balsâmico conseguiram que eu não parasse de comer. Acho que tem a ver com o facto de serem mesmo camarões a sério, daqueles grandes e gordinhos. Ainda antes de continuarmos a nossa viagem pelos trópicos até à sobremesa, ainda tivemos a oportunidade de provar o Tártaro de Novilho com amendoins e um creme de queijo da ilha. Para mim foi a surpresa da noite, já que não é um dos meus pedidos habituais. Mas a combinação da carne com o queijo e os amendoins vale mesmo, mesmo a pena.
E por falar em surpresas, chegamos à minha parte favorita da refeição. Não apenas por ser altura de sobremesas, mas pela Delícia de Chocolate com Crumble. Imaginem uma espécie de mousse de chocolate mais dura, por cima de uma base de bolacha e coberta com crumble e petazetas. É a combinação ideal para pessoas que gostam de doces e de um regresso momentâneo à infância. A Mafalda gostou mais do Açaí (se leram o primeiro post do Dividimos a Conta saberão porquê), mas eu fiquei com a Delícia de Chocolate na cabeça. Foi, possivelmente, uma das sobremesas mais memoráveis que comi nos últimos tempos.
É normal que os almoços e jantares no Trópico do Cais se prolonguem - é culpa do ambiente fantástico que sentimos como lá estamos. Não é de espantar que, à noite, se transforme em bar e nos dê ainda mais vontade de ficar por ali à conversa.
Agucei-vos a curiosidade? Se vos faltarem motivos para conhecer este espaço (duvido muito), então recordo-vos que é um dos mais de 300 aderentes Zomato Gold. O que é que isso significa? Que, se forem subscritores, têm direito a dois pratos pelo preço de um. Caso ainda não tenham aderido, podem fazê-lo com 25% de desconto se usarem o código RITADA. Quem é amiga, quem é?
[Todas as fotografias deste post são da autoria da Margarida Pestana.]