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Rita da Nova

Qui | 26.08.21

Restaurantes // O Boteco

Vocês querem ver que este é o meu regresso à escrita sobre restaurantes? Se calhar alguns (muitos) de vocês já não apanharam a altura em que este blog era mais comida do que outra coisa, mas espero que gostem deste revival. 

 

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E como é que isto tudo aconteceu, perguntam vocês? Importa primeiro explicar que a escrita gastronómica foi deixando de me fazer tanto sentido ainda antes da pandemia, sobretudo porque às tantas sentia que acabava por escrever sempre o mesmo tipo de texto, só mudava o sítio e os pratos. Por outro lado, houve alturas em que quase nunca jantava em casa, recebia imensos convites para experimentar novos restaurantes – não me estou a queixar, mas sendo mais introvertida, acabava por ficar exausta de estar quase sempre fora de casa.

 

Mesmo agora que as coisas começam a voltar à normalidade, e apesar de saber que houve muitos restaurantes que não aguentaram os efeitos da pandemia, não me vejo a voltar a 100% ao formato de reviews de restaurantes que este blog tinha anteriormente. De qualquer das formas, isso não significa que não vá mostrando aqui algumas das boas experiências que vou tendo, como foi o caso do convite que recebi para conhecer O Boteco, do Chef Kiko. 

 

Já por aqui disse algumas vezes que o Chef Kiko é um dos meus favoritos – gosto muito da forma como explora diferentes gastronomias e culturas, mantendo sempre alguma coerência e um fio condutor entre todos os seus restaurantes. A Cevicheria e O Talho já são referências de boas refeições em Lisboa e gostei de saber que este novo espaço no Chiado também promete vir a sê-lo. 

 

Fiquei a saber que o Chef Kiko nasceu no Brasil e que essa ligação é a principal inspiração para nos trazer um restaurante focado na comida brasileira – não apenas a Picanha, mas também alguns petiscos e pratos de tacho tão típicos (apenar de reinventados com o seu cunho). O próprio espaço faz uma mistura interessante entre o Brasil e o próprio Chiado. 

 

 

No couvert não poderia faltar o Pão de Queijo, devidamente acompanhado por Pão de centeio, Manteiga de Alho, Dip de Salsicha Toscana (maravilhoso!) e Queijo Coalho com Óregãos. E como queijo nunca é demasiado, nós ainda pedimos Dadinhos de Tapioca com Goiabada para entrada. Por falar em goiaba, fiquem a saber que é uma das minhas frutas favoritas de sempre e que andei à caça de todos os pratos d’O Boteco que tivessem este ingrediente. Aliás: mal nos sentámos e nos quiseram oferecer uma caipirinha, parei de ouvir assim que me disseram “temos de goiaba”. 

 

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Para completar as entradas passámos ainda pela Salsicha Toscana com Farofa, porque farofa também é outra das maravilhas da gastronomia brasileira (e eu sinto que não a valorizamos tanto quanto deveríamos). 

 

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Estes petiscos são demasiado bem servidos, por isso chegámos já bem embalados ao prato principal. Decidimos, então, pedir apenas um para partilhar, mas se calhar deveríamos ter pedido um que não fosse tão grande. É que o Naco de Picanha Confitada, preparado durante doze horas, serve uma família inteira, quanto mais duas pessoas que já tinham andado a petiscar aqui e ali. Acompanhá-lo com Arroz de Alho e estava incrível, desfazia-se tudo no garfo, quase que nem era preciso cortar. Acho que nunca tinha comido picanha que não fosse a típica grelhada e fiquei muito curiosa por provar as outras confecções todas do menu. 

 

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Adorava ter comido duas das sobremesas: o Mil-folhas de Doce de Leite com Goiaba (claro, não é?) e a Mousse de Chocolate com Paçoca porque Paçoca também é tudo na vida. Mas, infelizmente, este meu estômago pós-pandémico já não está habituado a refeições tão compostas. A parte boa é que já fiquei com plano completo para um regresso ao Boteco.

 

E vocês, já conheciam este espaço? Abri-vos o apetite? Contem-me tudo!

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