Restaurantes // Memoria
Já por várias vezes vos falei num dos meus restaurantes favoritos de Lisboa para comer massa, o Pasta non Basta. Há algum tempo que sabia que estavam a preparar novidades e a planear abrir mais um restaurante em Campo de Ourique, um dos bairros mais típicos de Lisboa, mas não sabia que vinha daí um restaurante completamente novo chamado Memoria.
Uma frase de Shakespeare está na base deste nome: “Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração” - e, neste caso, é mesmo difícil esquecer a experiência de almoçar no Memoria. Como somos fãs do que esta malta tem feito, decidimos aproveitar o feriado para experimentar este novo restaurante. Ainda não fazem reservas, mas quando ligámos explicaram-nos que bastava chegar pelo 12h30 para conseguir mesa.
E assim foi, sendo que tivemos até direito a ficar numa das mesas mais giras do restaurante - uma que fica perto da entrada no terraço, com vista para o bar. O Memoria ocupa agora o espaço do antigo Rés Vés e é, na minha opinião, o mais bem decorado e bonito do grupo Non Basta.
A carta recupera alguns dos pratos-estrela do Pasta non Basta e embora seja mais curtinha, nota-se que há vontade e preocupação em trazer ingredientes e combinações diferentes. Começámos, então, com uma entrada lindíssima para partilhar - a Burrata, pesto e prosciutto. Uma opção fresca e cheia de sabor, uma vez que tem diferentes condimentos a contribuir para tal, que combinou perfeitamente com o Jarro de Limonada que pedimos para ir acompanhando a refeição.
Mal me sentei e esperava que o Guilherme estacionasse o carro, percebi logo o que é que cada um de nós iria escolher como prato principal. Era óbvio que ele ia pelo Fettucini con polpette - afinal é fã das almôndegas do Pasta non Basta. Se o meu instinto inicial foi comer o meu prato de massa favorito de sempre, o Spaghettoni al Tartufo, acabei por ceder e escolher os Ravioli con taleggio e fichi. Estavam mesmo muito bons e aquilo de que mais gostei foi do equilíbrio entre o sabor do queijo e a doçura do figo.
Claro que não dava para estar no mesmo espaço que um Tiramisù bom sem que o Guilherme considerasse pedir. Lá veio uma travessa grande cheia deste doce, de onde cortam um pedaço directamente para o prato.
O Memoria ainda está em soft opening, ou seja, nas primeiras semanas de actividade para testar a dinâmica do serviço e da cozinha. Ainda assim, connosco correu tudo muito bem e pretendo voltar para me vingar no Spaghettoni al Tartufo que não comi desta vez! E vocês, ficaram com vontade de conhecer este novo sítio?