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Rita da Nova

Qua | 10.08.22

Red at the Bone, Jacqueline Woodson

Já me tinha cruzado com Red at the Bone, de Jacqueline Woodson, nos vídeos do Jack Edwards — segundo ele, um dos melhores livros que leu este ano. Ainda assim, não foi isso que me fez comprá-lo, foi mesmo o facto de o ter encontrado barato e em excelentes condições numa livraria em segunda mão, em Nova Iorque.

 

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Sabia pouco sobre a história, mas rapidamente percebi que ia gostar. Começamos com a festa de dezasseis anos de Melody, uma cerimónia organizada pelos avós com muita pompa e circunstância. Rapidamente percebemos porquê: a mãe de Melody engravidou muito cedo e os avós acabaram por assumir um papel importante na educação da menina.

 

A tensão e os dramas familiares são perceptíveis desde o primeiro capítulo, mas Jacqueline Woodson não se contenta com um ponto-de-vista: os capítulos vão alternando entre a visão de várias personagens importantes para que percebamos como é que esta gravidez adolescente teve impacto na vida de toda a família. Em cada capítulo, a escritora consegue mesmo pôr-se nos pés das personagens, escrevendo cada um com um tom próprio.

 

Guess that's where the tears came from, knowing that there's so much in this great big world that you don't have a single ounce of control over. Guess the sooner you learn that, the sooner you'll have one less heartbreak in your life.

 

Este livro foi directamente para a pilha de favoritos deste ano, uma vez que é uma excelente reflexão sobre conflitos familiares, sobre sexualidade e, acima de tudo, sobre as coisas que somos forçados a deixar para trás quando a vida assim o exige. Recomendo muito que o leiam — fui investigar e, infelizmente, acho que ainda não está traduzido para português.

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