Podemos trazer isto para Portugal?
Diz-se que, quando viajamos, trazemos muita coisa connosco. Sobretudo memórias e objectos que nos transportam imediatamente para dias vividos noutro lugar. E se pudessemos trazer connosco pedaços reais de diferentes cidades? Se isso alguma vez for possível, quero já deixar escrita a vontade de ter em Portugal:
Du Pain et Des Ideés (Paris)
A verdade é que esta boulangerie foi o cenário de um momento muito especial entre mim e o meu namorado, mas mesmo sem qualquer vínculo emocional garanto-vos que foi lá que comi os melhores caracóis do mundo. É sempre um sítio a visitar quando o destino é Paris.
Barnes & Noble e Strand Bookstore (Nova Iorque) / Shakespeare and Co (Paris)
A Lello e a Bertrand do Chiado que me perdoem - eu sei que temos livrarias lindíssimas em Portugal, mas podemos ter também estas três? A Barnes & Noble impressiona pela quantidade abismal de livros que tem. Querem um livro sobre a apanha da truta em países com menos de 4ºC? Podem crer que o encontram lá. E depois há outra coisa maravilhosa: chama-se "Blind Date with a Book" e é exactamente aquilo que o nome diz. Compram um livro já embrulhado e com uma pequena descrição escrita, mas sem nunca saberem o título ou o autor. Já a Strand Bookstore é uma livraria com imensa atitude. Há qualquer coisa no ambiente daquele sítio que nos faz querer ler ainda mais, saber ainda mais. E ganha pontos com duas iniciativas muito simples: ali todos os livros em papel são mais baratos do que as suas versões digitais, para manter a tradição dos livros físicos (obrigada!), e para dar força ao mote "Make America Read Again". Como não adorar? A Shakespeare and Company, em Paris, é só um dos sítios mais adoráveis que conheci em toda a minha vida. Talvez seja porque adoro livros... mas acho que o ambiente familiar e independente daquela livraria ajuda muito.
Central Park (Nova Iorque) / Vondelpark (Amesterdão) / Retiro (Madrid)
Esta é simples: podemos ter um parque gigante mesmo no meio da cidade, cheio de pessoas e animação, onde eu possa passear aos domingos? Ver sugestões em baixo:
Tropico (Barcelona)
A comida é boa, leva-nos a vários locais no mundo sem nunca sairmos da mesma mesa. Mas ainda assim, o brunch não foi o que mais gostei neste espaço. O que eu gostava mesmo de trazer de lá eram as pessoas: as que servem e as que estão a ser servidas. Porque ali toda a gente pertence a qualquer lado e, na realidade, ninguém parece pertencer a lado nenhum.
Yogism (Dublin)
Fãs de frozen yogurt, unite! Se acham que já comeram o melhor do mundo, desenganem-se. Ou então só dizem isso porque já conhecem o Yogism, em Dublin. Há vários espalhados pela cidade, mas o meu favorito é o da George's Street Arcade. Não tenho muitas fotografias, mas acho que chegam lá se vos descrever a coisa desta forma: frozen yogurt de manteiga de amendoim (é só um dos sabores), com mil toppings, e no fim não pagam se acertarem quanto pesa o vosso copo. Os empregados são simpáticos e ainda dão um intervalo de pesos, para ajudar.
Que sítios trariam para Portugal, se pudessem?