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Rita da Nova

Seg | 11.12.17

Pela Bélgica // Dia 2, Bruges

Depois da noite de sono de que estávamos a precisar, acordámos bem-dispostos e com bastante energia para o dia que tínhamos planeado. A parte menos boa das viagens feitas nos fins-de-semana prolongados é que temos que contar bem o tempo e decidir o que queremos mesmo ver ou fazer. Bruges estava na nossa lista como paragem obrigatória, mas não antes de um belo pequeno-almoço.

 

Perto do sítio onde estávamos a dormir situa-se o primeiro Le Pain Quotidien do mundo, uma cadeia de padaria essencialmente biológica de que sou fã (e virem para Portugal, não?). A surpresa que senti ao perceber que estas padarias não eram francesas, mas sim belgas, é sintomática do desconhecimento geral que existe relativamente aos feitos deste país.

 

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Fazia mesmo muito frio, o céu estava bastante encoberto, por isso soube muito bem entrar num sítio quentinho e acolhedor e pedir umas papas de aveia para começar o dia. Já o Guilherme optou por um iogurte com fruta e granola e ovos mexidos com salmão.

 

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Queríamos uma forma simples e fácil de ir a Bruges e conhecer os pontos principais em poucas horas. Lembrámo-nos dos nossos queridos Sandeman, que por acaso têm uma tour diária para conhecer esta cidade. Como tivemos sempre experiências fantásticas com as tours grátis, decidimos fazer a nossa primeira tour paga com eles. Não podia ter ficado mais satisfeita com a escolha: custa 40€ (inclui ida e volta de comboio) e permite ter uma visão diferente de Bruges.

 

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É que, para além dos pontos mais turísticos, o nosso guia deu-nos a conhecer alguns locais que de outra forma nos tinham passado despercebidos. Assim que chegámos a Bruges contou-nos um pouco da história da cidade e mostrou-nos as suas praças principais, tesouros escondidos e as ruas menos povoadas. Sim, porque Bruges está mesmo cheio de gente - 95% do dinheiro da cidade vem precisamente do turismo.

 

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Confesso que tinha as expectativas muito elevadas e talvez por isso me tenha sentido um pouco desapontada relativamente a esta cidade. Não é que seja uma cidade feia ou mal frequentada - muito pelo contrário! -, mas achei-a uma Veneza em pouco pequeno em todos os sentidos. Não só pelos canais e caminhos mais sinuosos, mas sobretudo pela confusão de pessoas. Seja como for, em ambos os locais o truque é o mesmo: perder-nos nas suas ruas menos populadas e encontrar os cantinhos maravilhosos que não vêm nos guias.

 

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Fazia ainda mais frio no final da tour, a desculpa perfeita para provarmos uma das iguarias típicas da Bélgica, quentinhas e reconfortantes: as batatas fritas. O nosso guia sugeriu-nos o Chez Vicent, onde acabámos por almoçar e recuperar alguma temperatura. Mesmo não sendo fã de batatas fritas, tenho que admitir que estas e os croquetes de queijo me souberam pela vida.

 

Depois disso, quisemos conhecer o Books & Brunch - um sítio que descobri nas minhas pesquisas de locais giros em Bruges. Basicamente é um café que combina livros e brunch, duas das minhas paixões. Só fomos lá tomar café, mas fiquei logo apaixonada por tudo.

 

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Nas últimas voltinhas pela cidade, não podíamos deixar de combater o frio com uma waffle. Pesquisámos rapidamente quais as melhores de Bruges e a internet foi unânime a sugerir as do Chez Albert. Assim que as provei percebi porquê. Foram as melhores que comi na vida e não precisaram de toppings ou sabores extra para isso.

 

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O comboio de regresso a Bruxelas demora cerca de uma hora, que aproveitámos para ler e pesquisar coisas para ver no dia seguinte em Ghent. Como nesta altura do ano o sol se põe às 16h30, quando chegámos já era noite cerrada. Tínhamos cerca de duas horas até ao jantar, tempo que aproveitámos para dar uma voltinha pelo Mercado de Natal junto à Bourse de Bruxelles (de que já vos falei aqui) e provar algumas cervejas no Delirium Café. Era sábado à tarde, pelo que estava à pinha, mas foi relativamente fácil encontrar um cantinho onde nos sentarmos e adorei o ambiente.

 

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O dia terminou no BELI, um restaurante libanês na zona do Le Sablon. Servem essencialmente mezzes num ambiente mais moderno, mas os sabores da comida estão todos lá. Provámos um pouco de tudo: babaganoush, hummus, bureks, halloumi, entre outras delícias. No final pedimos duas sobremesas para dividir e irei para sempre lembrar-me do sorriso do senhor que nos serviu quando nos disse que devíamos provar a mousse de chocolate feita pela mãe dele.

 

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Voltámos ao apartamento o mais depressa possível, uma vez que as temperaturas estavam ainda mais baixas, mas com uma calma interior muito grande. Já só faltava um dia na Bélgica e tinha grandes planos para ele. Falamos sobre isso brevemente?

 

Enquanto não vos falo do terceiro e último dia da viagem, contem-me: já conhecem ou gostavam de conhecer Bruges?

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