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Rita da Nova

Sex | 17.03.23

Os Meus Dias na Livraria Morisaki, Satoshi Yagisawa

2023 está a ser um ano em que faço por escolher melhor as minhas leituras. Claro que nem todos os livros têm de mudar as nossas vidas — e não há problema nenhum em ler coisas mais levezinhas —, mas tenho tentado ser um pouco mais exigente com os livros antes de os escolher e lhes dar prioridade na minha pilha de livros interminável. Isto para dizer que não planeava comprar ou ler Os Meus Dias na Livraria Morisaki, Satoshi Yagisawa. Contudo, a Presença enviou-mo e eu decidi dar-lhe uma hipótese, até porque parto para o Japão brevemente.

 

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No início deste livro conhecemos Takako, uma rapariga de 25 anos que dá por si fechada em casa depois do fim da sua relação. É nessa altura que o tio Satoru a convida a mudar-se para Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, e a trabalhar consigo na livraria da família — a Livraria Morisaki. É através da relação com o tio e com aquela livraria que a protagonista é capaz de ultrapassar a fase mais cinzenta que está a viver.

 

A nossa pequena e velha livraria Morisaki. Depois de levantar voo com a minha bagagem de grandes ilusões, depois de dar a volta ao mundo, aportei no lugar que mais me era familiar, o da minha infância: é engraçado, não é? Mas sim, depois de tanto tempo, voltei. Percebi que não era um problema de lugares, mas de coração. Onde quer que estivesse, com quem fosse, o meu lugar seria sempre aquele em que tinha a certeza de não mentir ao meu coração.

 

Eu percebo porque é que este livro está a fazer tanto sucesso: é curtinho, fácil de ler e tem uma história querida. É uma boa aposta para momentos em que não nos apetece ler coisas mais densas e, também, para ajudar a ganhar hábitos de leitura. A mim, porém, faltou-me qualquer coisa. Foi bom conhecer este bairro antes de ir ao Japão, porque assim posso visitá-lo, mas faltou-me qualquer coisa durante a leitura. Gostei da premissa, mas senti que o livro poderia ter sido aprofundado de outra forma.

 

Em resumo: sei que é provável que me esqueça rapidamente da história, mas não me arrependo de a ter lido. E vocês: já o leram ou têm-no na pilha de livros para ler?

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