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Rita da Nova

Seg | 23.04.18

Os livros da Rita // Dia Mundial do Livro

Faz exactamente hoje um ano que decidi inaugurar a minha rubrica de livros aqui pelo blog. Havia lá dia mais apropriado para fazê-lo do que este, o Dia Mundial do Livro? Este ano resolvi subir a parada e entrar no desafio proposto pela Sofia, do blog A Sofia World. Há umas semanas recebi um e-mail dela a convidar-me para participar e não tinha como recusar.

 

E em que é que consiste o desafio, perguntam vocês? Pois bem, a Sofia lançou uma lista de categorias e nós só temos que associar um livro (ou mais) a cada uma delas. Eu aproveitei a deixa para fazer uma coisa que faço pouco por aqui: fotografar-me também a mim e aparecer um pouco. Se acompanham o blog, saberão que não é comum publicar fotografias minhas - normalmente prefiro estar do outro lado. Desta vez tirei os livros de casa e pronto, fiz uma coisa um bocadinho diferente.

 

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O livro que tenho há mais tempo

A Casa dos Espíritos da Isabel Allende foi o primeiro “livro de crescidos” que li - devia ter uns 13 anos - e voltei a lê-lo uns anos depois, para me certificar de que tinha percebido a sua essência. Como acontece sempre que relemos um livro, percebi uma coisa: iria sempre apreender algo novo a cada leitura. É engraçado que a Isabel Allende é uma daquelas autoras transversais às mulheres da minha família e é possível que A Casa dos Espíritos tenha passado pelas mãos de todas pelo menos uma vez.

 

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O livro que tenho há menos tempo

A última remessa que mandei vir do Book Depository trouxe três livros cá para casa: o Call Me By Your Name do André Aciman, Norwegian Wood e Men Without Women do Murakami. Como vou falar-vos sobre o primeiro no decorrer desta semana (devorei-o entretanto e quero muito falar-vos sobre ele), decidi mostrar apenas os outros dois. Possivelmente sabem que Haruki Murakami é um dos meus autores favoritos - e ainda tenho tanta coisa para ler dele! Destes dois, qual preferem?

 

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O livro que li mais vezes

Esta é fácil: A Sombra do Vento do Carlos Ruiz Záfon. Não gosto de dar apenas uma resposta à típica pergunta “qual o teu livro preferido?”, mas quando insistem muito em saber apenas um, acabo por falar deste. Como já tive oportunidade de escrever para o projecto Book Loving Girls, não gosto de histórias de amor. Não daquelas em que lemos o início e adivinhamos prontamente o fim. Mas quando a história é sobre o amor aos livros, então têm-me presa até à última letra. E foi assim, efectivamente, com este livro. A história de amor do livro anda de mãos dadas com uma história sombria, de terror. Digam-me se há alguma coisa mais parecida com a vida. Eu acho que não.

 

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O livro que emprestei e não voltei a ver

Este não tem fotografia porque, como diz a própria categoria, foi mas nunca mais voltou. Falo do livro South of the Border, West of the Sun do Murakami, que comprei no aeroporto de New Castle quando voltava de uma viagem de trabalho. Li-o todo durante as horas que estive sentada no avião e foi directamente para a minha lista de favoritos de sempre. Depois emprestei-o e o resto é uma história comum: nunca mais mo devolveram. Ainda não me decidi a comprar um novo exemplar, mas uma coisa é certa - desde então que tenho uma lista no telemóvel com os títulos dos livros e as pessoas a quem os emprestei. Assim sei sempre onde andam e a quem devo fazer ultimatos.

 

 

O livro que já devia ter lido

Por falar em listas de livros, também tenho outra em que aponto todos os livros que quero ler. O Wild Swans - The Three Daughters of China da autora Jung Chang faz parte dela há alguns anos e, palminhas para mim, o primeiro passo já está dado! Comprei-o! Agora só falta pegar nele e riscá-lo definitivamente da lista. Alguém desse lado que já tenha lido? Se sim, o que acharam?

 

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O livro com mais valor sentimental

Depois de termos estado 1h10 a olhar um para o outro, naquele fatídico dia em que nos conhecemos, eu e o Guilherme voltámos a encontrar-nos no Alive e, aí, decidimos combinar jantar pela primeira vez. Antes de sair de casa olhei para a prateleira dos livros e fixei a atenção n’Os Livros que Devoraram o Meu Pai do Afonso Cruz. Tinha-o lido uns meses antes e achei que era a combinação perfeita entre comédia e emoção. Levei-lho e percebemos, no instante em que lho passei para as mãos, que tinha mais a ver com ele do que eu achava. É o nosso livro, desde então.

 

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O livro que foi uma autêntica pechincha literária

Escolhi o A Sangue Frio do Truman Capote, mas na realidade poderia ter escolhido qualquer um dos livros que comprei na já encerrada Fiódor Books. Esta livraria de livros em segunda mão abriu primeiro no Chiado, depois mudou de instalações para o Campo Pequeno e, antes de fechar, ainda teve um cantinho junto ao Camões. Era um sítio seguro onde podíamos levar livros que já não quiséssemos e onde podíamos comprar títulos óptimos a preços ridículos. Lembro-me que um livro custava 3€, dois custavam 5€ e cinco custavam 10€. Podem adivinhar onde é que eu andava quase todas as tardes, certo?

 

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Foram estas as minhas respostas ao desafio da Sofia, mas como não sou a única doida por livros na blogosfera, podem espreitar também os posts de todas as outras pessoas que decidiram entrar nisto:

Sofia Costa Lima - A Sofia World

Carolayne Ramos - Imperium

Sofia Silva - Ensaio sobre o desassossego

Cherry - Life of Cherry

Andreia Morais - As gavetas da minha casa encantada

Ana Garcês - Infinito Mais Um

Joana Sousa - Jiji

Rafa - Millennial Killer

Tim - Devaneios da Tim

Sofia Ferreira - Por onde anda a Sofia?

Inês Mota - Bobby Pins

Filipa Maia - Deixa Ser

Sónia Pinto - By The Library

Daniela e Artur - Palavra-Padrão 

Maria Moreira Rato - Estranha Forma de Ser Jornalista

Margarida Pestana - Margarida Pestana

Marli Neves - My Own Anatomy 

Dalila Melfe - Miss Melfe

 

E é tão bom ver a internet cheia de livros neste dia! Obrigada, Sofia, pela iniciativa. O que acharam da lista de livros que partilhei? E quanto a aparecer um bocadinho mais por aqui, acham que devia fazê-lo mais vezes?

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