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Rita da Nova

Dom | 23.04.17

Os livros da Rita // Como vai 2017?

Gostava de aproveitar o Dia Mundial do Livro para inaugurar uma nova rubrica aqui no blog: Os livros da Rita. É, aliás, uma rubrica que mantenho há algum tempo no Instagram (podem acompanhar aqui). Bem sei que o blog é essencialmente sobre viagens, mas o acto de viajar pode tomar muitas formas - e ler é uma delas. Desde miúda que leio avidamente, embora haja fases em que leio mais e outras em que a rotina me rouba tempo à leitura. Ainda assim, quando não consigo encaixar a leitura na minha agenda, todas as pequenas pausas são uma boa desculpa para ler (transportes públicos, uma fila de espera...).

Por isso, para inaugurar este novo espaço aqui no blog, queria mostrar-vos o que já li este ano. Não são muitos livros, é certo, mas gostei muito de todos e gostava de falar-vos sobre eles.

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A Quinta dos Animais, George Orwell

Incrível como nunca tinha lido este livro! Esteve sempre na minha lista de espera, mas outros acabavam sempre por roubar-lhe o lugar. Mas foi graças ao fantástico projecto da VISÃO - Ler Faz Bem - que decidi que estava na hora. Segundo percebi, algumas pessoas tiveram “A Quinta dos Animais” como leitura obrigatória na disciplina de Inglês, mas não foi o meu caso. E, por um lado, ainda bem. Porque embora pareça inocente, é preciso um relativo grau de maturidade para compreender este livro a 100%.

O “1984” está entre os meus livros favoritos de sempre, por isso era de esperar que adorasse este também. Só tive pena de não o ter lido em inglês, mas pode ser que um dia destes aconteça.

 

 

O Apelo da Selva, Jack London

Não conhecia o autor, mas mais uma vez o projecto Ler Faz Bem pô-lo no meu caminho. É uma obra tão simples mas tão forte, que a recomendo vivamente a toda a gente, sobretudo àqueles que querem começar a ler e não sabem bem por onde. Durante todo o livro acompanhamos Buck, um cão, que se vai tornando progressivamente mais selvagem à medida que tem contacto com o Homem. É duro? É. Mas vale tão a pena.

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Hear the Wind Sing + Pinball 1973, Haruki Murakami

Arrisco em dizer que o Murakami é um dos meus escritores favoritos de sempre, a par com o Carlos Ruiz Zafón. Fiquei muito contente quando reeditaram estes dois livros num só, porque são as duas primeiras novelas do autor. Honestamente, achei-os menos maduros do que outros livros que já li dele, possivelmente porque são os primeiros. Mas é engraçado como o autor se manteve fiel a si mesmo ao longo de todos estes anos. Nestes dois livros nota-se logo aquela aura aparentemente aleatória que é tão comum nele.

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The Bell Jar, Sylvia Plath

Ora aqui está outro livro que já queria ler há muito tempo, mas que sempre tive dificuldade em encontrar em Portugal. Um livro foi-se pondo à frente do outro e foi só na minha viagem a Nova Iorque (posts sobre isso aqui, aqui, aqui e aqui) que consegui finalmente comprá-lo. Sim, eu sei que vivemos no séc. XXI e que é possível encomendar livros online. Perdoem-me, mas nada como a experiência de ir a uma livraria, tocar nos livros e cheirá-los antes de os comprar.

Quem já leu este livro sabe que a pior coisa que pode acontecer é identificarmo-nos com a personagem, uma vez que ela vai entrando numa espiral depressiva progressivamente mais profunda (acreditem, isto não é um spoiler). Mas isso aconteceu-me, de facto, e foi curioso perceber como por vezes não conseguimos lidar não tanto com o que os outros esperam de nós, mas com aquilo que achamos que os outros esperam de nós. Como não quero estragar-vos o livro, vão mas é ler.

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The Circle, Dave Eggers // Página 237 de 491

Estou neste momento praticamente a meio do “The Circle”, numa correria para ver se consigo acabá-lo antes de o filme estrear. Não estava nos meus planos lê-lo, nem sabia que existia, até tê-lo encontrado à venda em Turim. Como precisava de alguma coisa para ler na viagem de regresso, trouxe-o comigo e desde então não o larguei. Já o vi ser apelidado de “1984 dos tempos modernos”, mas enquanto o 1984 imagina como seria o mundo dali a 40 anos, com tecnologias que ainda nem sequer existiam, o “The Circle” consegue ser um bocadinho mais assustador porque muitas das coisas que lemos nele já estão a acontecer. É o livro do momento - muito devido à adaptação para cinema -, por isso prometo falar-vos sobre ele assim que o acabar!

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E vocês, que livros já leram este ano? E que livros me aconselham a ler quando terminar o “The Circle”? Já sabem que sugestões são sempre bem-vindas!

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