O que os 27 me trouxeram
Este ano, ao contrário do habitual, não vos escrevo de uma qualquer cidade europeia para onde fugi no meu aniversário. Crescer também é isto: aceitar que às vezes a responsabilidade fala mais alto do que a nossa vontade de fazer outras coisas; aceitar que a felicidade pode ter diversas formas e não apenas aquelas a que estamos acostumados.
No ano passado disse-vos que gostava muito de fazer aniversários ímpares porque parece sempre que são anos recheados de mudanças e coisas boas. E, caramba, estes meus 27 foram tão atribulados quanto gratificantes. Mas tiveram também algumas dores de crescimento, algumas perdas inesperadas, algumas desilusões. Se tivesse que escolher só uma palavra, escolhia “agridoce” porque consegue abarcar todas as coisas que fui sentindo.
Entro nos 28 de coração e mente abertos, expectante em relação às coisas que aí vêm e com muita vontade de cuidar bem das que consegui alcançar. Mas, antes disso, nada como reforçar essas mesmas coisas boas que me vieram parar às mãos:
Comprámos casa
Pimba, comprar uma casa para começar o ano em grande e a sentir-me crescida. Toda a experiência foi muito engraçada: desde encontrar a casa, a pedir um empréstimo. E mesmo agora, passados 6 meses de estarmos a morar na nossa forever home, sei que ainda há muita coisa que posso fazer para a tornar ainda mais nossa. Uma coisa é certa, cada vez me sinto mais em casa e isso só pode ser bom sinal.
Cumpri o sonho de ir à Patagónia
Foi há 9 meses, mas parece que foi há uma vida, acreditam? Mas sim, tinha o sonho de andar no meio da Patagónia, de subir montanhas, de ver glaciares e pinguins… e cumpri, finalmente. Foi uma viagem do caraças e, mesmo que este tenha sido provavelmente o ano em que menos viajei, sinto que aproveitei esta experiência ao máximo.
Mantive vários projectos
Quando olho para os projectos que vou mantendo a funcionar paralelamente ao meu trabalho “das 9 às 18h”, fico um bocadinho espantada como ainda não deixei cair nenhum. A verdade é que, como se diz, quem corre por gosto não cansa e eu gosto mesmo muito de fazer todas as coisas que faço. Nos 27 lancei-me para uma série de coisas: para o Dividimos a Conta, para o Uma Dúzia de Livros e, muito recentemente, para o Terapia de Casal.
Tornei-me voluntária no MEG
Andava há muito tempo para dar o passo de me juntar a uma associação que ajudasse, de alguma forma, os gatinhos que habitam as ruas de Lisboa. Identifiquei-me muito com a causa do MEG - Movimento de Esterilização de Gatos, adorei conhecer os gatinhos e as pessoas que fazem parte do projecto e, agora, estou sempre a contar os dias para a próxima escala!
Nunca é demais agradecer-vos por me acompanharem, por conversarem comigo sobre os temas que aqui vou deixando. Agora vou ali apanhar um sol na piscina, fazer umas massagens do SPA e jantar no Bistro 100 Maneiras, que já quero conhecer há imenso tempo. 💛