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Rita da Nova

Dom | 12.02.17

NYC: o que saber

Nova Iorque. Finais de Janeiro, inícios de Fevereiro. O que significa frio, muito frio. Mas teria escolhido outra altura do ano para conhecer esta cidade? Provavelmente não. Há uma magia muito grande em Nova Iorque quando está frio: os casacos quentes, os copos de café na mão, a possibilidade de nevar...

Voltarei certamente a escrever sobre esta viagem, mas vou ser muito prática e dizer-vos o que devem saber caso estejam a planear ir a Nova Iorque. Mais tarde quero partilhar convosco o que acho absolutamente imperdível ver e fazer nesta cidade e, como não poderia deixar de ser, o que comer.

 

City Pass: o vosso melhor amigo

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Vamos ser honestos: ir a Nova Iorque não é barato. Felizmente, há uma série de pequenos truques que podem ajudar a tornar a viagem mais suportável. Depois de investigar uma série de opções e pacotes que dão acesso a várias atracções, acabei por decidir comprar o City Pass, que dá:

  1. Duas subidas ao Empire State Building no mesmo dia (para que possam ver a vista de dia e de noite);
  2. Entrada no Metropolitan Museum of Art;
  3. Entrada no American Museum of Natural History;
  4. Uma subida ao Top of the Rock ou uma entrada no Guggenheim Museum (escolhi a primeira opção);
  5. Ida à Ellis Island e à Estátua da Liberdade ou uma viagem nos Circle Line Sightseeing Cruises (escolhi a segunda opção);
  6. Uma entrada no 9/11 Memorial & Museum ou uma entrada no Intrepid Sea, Air & Space Museum (escolhi a primeira).

Aconselho vivamente a que façam a compra online, uma vez que tudo isto custa apenas 116 dólares (a partir de Março vai passar a custar 122, mas mesmo assim compensa). Depois podem escolher que o City Pass vos seja enviado para casa ou receber um voucher no e-mail, para trocarem pelo passe na primeira atracção a que escolherem ir. 

Porque é que escolhi o Top of the Rock, o Circle Line Sightseeing Cruises e o 9/11 Memorial & Museum em vez das outras opções? No caso do Top of the Rock, arrisco em dizer que foi a melhor vista que tive sobre a cidade, uma vez que lá de cima conseguimos ver toda a ilha, com o Empire State Building e Central Park incluídos. O 9/11 Memorial & Museum foi uma questão de gosto e, embora seja uma murro no estômago, recomendo vivamente. Pode ser mais difícil perceber porque é que escolhi fazer um cruzeiro em vez de ir ver a Estátua da Liberdade de perto. Primeiro precisam de saber que nem todos os cruzeiros estão incluídos no passe, mas por apenas 5 dólares conseguem fazer um upgrade para um cruzeiro que dá a volta a toda a ilha de Manhattan e dura 2h30. Preferi esta opção essencialmente pela vista que se tem não só da Estátua da Liberdade, como do resto da ilha e há um senhor velhote a narrar toda a viagem, que nos conta coisas que não sabíamos sobre a cidade. Para além disso, dá boas fotografias:

 

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O metro é assim tão confuso?

O metro de NYC foi um dos mais simples e rápidos que já usei, mas há pequenos truques que temos de saber para facilitar a viagem. É que, muitas vezes, a viagem começa antes de entrarmos: nalgumas paragens há entradas para quem quer viajar uptown ou para quem quer viajar downtown. Ou seja, ao entrarmos no metro estamos já a escolher a direcção da viagem e, lá dentro, não há forma de escolher a direcção oposta. Mas não se preocupem, o MetroCard tem um espaço de utilização de 2h, pelo que não pagarão mais caso se enganem e tenham que sair da estação para entrar no lado certo. 

Quando olharem para o mapa do metro de NYC vão ver estações com uma bola preta e estações com uma bola branca. As bolas pretas significam que são estações locais e as brancas significam que são estações express. É importante saberem a cor da a estação para a qual querem ir, para saberem se devem apanhar um comboio local ou express.

Resumidamente, a única coisa que precisam de saber é: uptown ou downtown, estação local ou estação express. Respondidas estas perguntas, já podem aproveitar o metro de NYC, que só por si é um mundo à parte. 

 

Quando comprar bilhetes para espectáculos?

Nesta situação, depende muito do tipo de espectáculo que quiserem ver. Caso queiram ir ver stand-up comedy, por exemplo, comprensa muito reservar com antecedência, já que os preços nunca variam e assim garantem um lugar. Se quiserem ir à Comedy Cellar - onde os comediantes só são revelados antes do início do espectáculo - reservem para uma sexta-feira à noite, que é quando há maior probabilidade de verem alguém conhecido. 

Já a Broadway compensa mais comprar mesmo em cima da hora. E com isto quero dizer meia hora ou um quarto de hora antes do início do espectáculo. Em Times Square existe uma banca que vende bilhetes com desconto para lugares fantásticos. Assisti ao Paramour, do Cirque du Soleil, na quarta fila e por apenas 75 dólares (custa 225 quando comprado com antecedência). Tenham só cuidado para não comprarem bilhetes para peças que estão off-Broadway, caso contrário não terão tempo para ir até ao teatro.

 

Dicas extra (não digam que vêm daqui)

Estas duas últimas dicas não são essenciais para planear uma viagem a Nova Iorque, mas prometo que vão torná-la muito mais especial. Em primeiro lugar, garantam que a vossa visita a Times Square acontece à noite. Confesso que nunca tive uma vontade por aí além de visitar este sítio, uma vontade que diminuiu quando me disseram "que é sobrevalorizado", que "é uma grande confusão" e que "é muito menos imponente do que parece nos filmes". Certo, compreendo tudo isso, mas a verdade é que há uma grande diferença entre estar em Times Square de dia e estar lá à noite. Não acho que seja o melhor sítio para se contagiarem com a energia de NYC, porque é um local demasiado turístico, mas não podem perder a oportunidade de dar lá um salto à noite. Experimentem entrar numa loja e olhar lá para fora, para perceberem porque é que esta cidade nunca dorme: é que, mesmo de noite, as luzes de Times Square são tão intensas que vai parecer-vos que ainda é de dia. 

 

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Outra coisa que fui lendo em vários sítios, e que realmente muda tudo, é que vale mais a pena atravessar a Brooklyn Bridge de Brooklyn para Manhattan do que o contrário. Depois de pensarmos nisso pode parecer óbvio, mas nem sempre vamos a este detalhe quando planeamos uma viagem. A verdade é que a vista para Manhattan é muito mais imponente e impressionante do que a vista para Brooklyn, por isso apanhem o metro até à estação de Court Street, andem ao longo da Brooklyn Promenade e depois atravessem a Brooklyn Bridge. Se puderem fazer tudo isto na altura do pôr-do-sol, como eu fiz, a experiência vai ser inesquecível. 

 

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Espero que estas dicas tenham sido úteis! Como sempre, estão à vontade para fazer perguntas. Até mais um post sobre NYC! 🖤

 

 

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