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Rita da Nova

Sex | 12.05.23

Japão // Kyoto & Hiroshima

Já tinham saudades de ler coisas sobre o Japão? Mesmo que não tivessem, eu estava com saudades de recordar esta viagem e, por isso, cá estamos para vos falar do que fizemos durante os nossos dias em Kyoto. Antes de avançar, só uma pequena nota para quem só chegou agora aos posts sobre o Japão: já anda por aqui uma publicação sobre o que saber antes de ir, a primeira e a segunda parte dos dias passados em Tokyo.

 

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No dia em que chegámos, vindos da capital, só tivemos tempo e vontade de fazer check-in no hotel e jantar num dos restaurantes que ficava dentro da estação de metro mais próxima — pode parecer estranho, mas o Tonkatsu Wako Zest Oike é especializado em tonkatsu e a comida é mesmo muito boa. Relativamente ao alojamento, voltámos a escolher um hotel e foi o melhor de toda a viagem, com bastante espaço e óptimas condições.

 

E agora, avancemos então para o que fizemos nos quase três dias em Kyoto, uma cidade que nos recebeu com uma chuva miudinha permanente:

 

DIA 1 — ARASHIYAMA & TEMPLOS

Tínhamos o tempo muito contado em Kyoto, já que um dos dias seria reservado para conhecer Hiroshima, então sabíamos que era preciso aproveitar os dias da melhor forma e começar bastante cedo. Foi isso que fizemos logo no primeiro dia na cidade: depois de um pequeno-almoço rápido no hotel, fomos logo em direcção à paragem, onde apanharíamos um autocarro para a nossa primeira paragem — Arashiyama, a floresta de bambu.

 

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Tinha lido em alguns blogues de viagem que esta zona pode ser uma pequena desilusão para quem estiver à espera de uma enorme floresta de bambu, mas como eu já sabia ao que ia, não aconteceu. Lá perto também passámos pelo templo Nonomiya e comemos algumas coisas nos mercados de rua, nomeadamente dango, aquelas bolinhas doces de arroz. Continuámos a manhã nos arredores da cidade, onde está a maioria dos templos, para visitar o Daikakuji e o Kinkakuji — o primeiro tem um lado e jardim muito bonitos e o segundo está todo coberto a folha de ouro.

 

 

Vale muito a pena o passeio, até pela calma que contrasta muito com Tokyo, mas vale ainda mais a pena parar para almoçar no Sabanji, que tem o melhor ramen que comi em toda a viagem. Lá só há mesmo uma especialidade de ramen, por isso a escolha fica facilitada: é só dizerem se querem médio ou grande e esperar por uma das melhores coisas que vão comer na vida.

 

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A parte da tarde foi passada na baixa da cidade: percorremos a rua principal (Kiyamachi-dori) e visitámos o templo Yasaka, que tinha um festival com várias bancas de comida. Visto que o dia começou bem cedo e que fomos comendo coisas em quase todos os sítios por onde parámos, instituímos jantar de loja de conveniência e fomos descansar para estarmos bem no dia seguinte.

 

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DIA 2 — HIROSHIMA

Assim que começámos a planear esta viagem ficou claro para mim que quereria ir pelo menos umas horas a Hiroshima. Não é segredo para ninguém que eu gosto de visitar locais onde aconteceram desastres ou com uma história menos feliz, porque me interessa saber como é que as cidades se reconstruíram e incluíram a memória dos acontecimentos na vida das pessoas.

 

Hiroshima fica a cerca de 1h30 de comboio de Kyoto e foi uma agradável surpresa: é uma cidade bastante gira, com um bom equilíbrio entre calma e agitação urbana, onde se respeita a tragédia que aconteceu. Recebeu-nos com o céu cinzento, mas o dia foi melhorando progressivamente e acabou por ficar bastante sol. A primeira coisa que fizemos foi passear no Shukkein, um dos jardins mais bonitos de toda a viagem, que tinha imensas cerejeiras ainda em flor. A seguir visitámos o Castelo de Hiroshima por fora, onde ainda é possível ver árvores que sobreviveram à explosão da bomba atómica.

 

 

Antes de visitarmos os monumentos mais relacionados com o desastre, decidimos passear pela zona de Hondori e parar para almoçar. Queríamos experimentar okonomiyaki, uma espécie de panqueca frita com vários ingredientes — entre eles couve — e sabíamos que são feitas de maneira diferente nesta cidade, por isso fomos directos ao Okonominura, onde comemos demasiado bem.

 

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Antes de regressar a Kyoto, passeámos então na zona do Peace Memorial e da Atomic Bomb Dome, onde os turistas respeitam as filas para tirar fotografias e se vive uma atmosfera de solenidade e respeito, sem ser demasiado pesado.

 

 

No regresso a Kyoto, tivemos ainda tempo de passar pela livraria Maruzen, que recomendo bastante porque é enorme e tem uma excelente selecção de livros em inglês.

 

 

DIA 3 — FUSHIMI INARI, KIYOMIZU-DERA & PARTIDA PARA OSAKA

Kyoto fica bastante perto de Osaka (cerca de meia hora de comboio), então não tínhamos propriamente pressa e tirámos a manhã deste dia para visitar dois sítios: Fushimi Inari e o templo Kiyomizu-dera. Tentámos ir o mais cedo possível, conscientes de que são duas zonas muito turísticas, mas mesmo assim estavam ambas cheios de gente. Não deixam de ser dois locais interessantes de visitar, sobretudo Fushimi Inari, mas, lá está, vão cedo.

 

 

Almoçámos na estação de Kyoto, mas não num sítio qualquer. É que, no 10º andar do edifício, há uma panóplia de restaurantes de ramen, de todas as especialidades possíveis e imaginárias. Nós escolhemos o Ramen Todai, que serve a especialidade da zona de Tokushima — não só ficámos muito bem servidos, como prontíssimos para seguir viagem até Osaka.

 

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Na próxima semana, naquele que será o último post sobre a viagem ao Japão, prometo contar-vos o que fizemos ainda nesse dia, quando chegámos à cidade, bem como todas as aventuras dos dias seguintes e do regresso a Tokyo. Por enquanto, já sabem que a caixa de comentários está à vossa disposição para deixarem todas as perguntas!

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