Islândia // O que saber
A Islândia estava na minha lista de viagens de sonho e não imaginam o quão feliz estou por ter finalmente cumprido — até porque, depois de ter desmarcado tudo em Abril de 2020, cheguei a achar que não estava destinado a acontecer. Depois de dois anos conseguimos finalmente recuperar os nossos planos de viagem e nada como partilhar convosco, caso também tenham este destino debaixo de olho.
Achei importante, neste primeiro post, fazer um apanhado de coisas que devem saber enquanto estiverem a planear a vossa viagem. Ainda assim, deixo-vos a nota: a Cátia (@merakinordic no Instagram) é a pessoa certa para vos ajudar com uma ida à Islândia ou a qualquer outro país nórdico — deu-nos vários inputs da primeira vez que organizámos a viagem e ajudou imenso. Tudo aquilo que vão ver nestes posts sobre a Islândia é fruto das recomendações dela e da nossa experiência por lá.
Em dez dias conseguimos dar a volta à Islândia, com bastante tempo para ver os pontos principais. Passando-vos, então, aquilo que precisam de saber antes de ir:
Como chegar e deslocações na ilha
Tivemos um pouco de azar com os voos e não, não estou a falar do facto de termos perdido o voo Lisboa-Londres — se quiserem saber mais sobre essa bela aventura, podem sempre ouvir o episódio de Terapia de Casal em que contámos tudo. Falo do facto de termos marcado os voos uma semana antes de anunciarem que a partir de Maio haverá voos directos entre Lisboa e Reykjavik pela companhia aérea Play.
Por isso, acabámos por ir para Londres e de Londres para Reykjavik — o que, através de low costs, acaba por não ser péssimo, sobretudo considerando que viajar voltou a estar mais caro com a abertura das restrições. Falando nisso: à data a que fomos, o Governo islandês já tinha levantado todas as restrições de viagem — não era necessário apresentar certificados de vacinação/recuperação, testes negativos ou até preencher formulários de localização. De qualquer das formas, é sempre melhor confirmar antes de irem.
Já na Islândia, optámos por alugar um carro para conseguirmos dar a volta à ilha. Como vão perceber pelos posts que vou publicar sobre a viagem, percorremos essencialmente a Ring Road, que está em óptimas condições. Aliás, quase todas as estradas estavam óptimas, mas notem que o limite máximo de velocidade são 90 km/hora e as multas por excesso de velocidade conseguem ser dolorosas. Também podem considerar a possibilidade de alugar uma autocaravana e levar o vosso alojamento atrás.
Alojamento e alimentação
Tinham-me dito que era caro comer em restaurantes da Islândia, mas eu não estava preparada para o real custo das coisas. Nunca comemos por menos de 70€ para duas pessoas, mesmo tendo cuidado em não pedir mais do que uma bebida por pessoa — isto fez com que comer fora, mesmo que fossem sandes ou hamburgers, fosse quase proibitivo para nós, até porque não achámos que a gastronomia islandesa compensasse o valor das coisas. De qualquer das formas, vale a pena experimentar bacalhau fresco e borrego.
Como fizemos, então? Pois bem, vingámo-nos no pequeno-almoço dos alojamentos (vale a pena ver alojamentos que tenham incluído) e íamos comprar sandes, wraps e coisas que tal ao supermercado para comer durante o dia e ao jantar (o Krónan foi o nosso favorito). Mesmo sendo um pouco mais caro do que em Portugal, pelo menos não foi um arrombo tão grande.
Os alojamentos não são tão caros quanto poderia parecer à partida, pelo que optámos por ir dormindo sempre em sítios diferentes à medida que íamos dando a volta à ilha. Marcámos hotéis, lodges e bed & breakfasts com uma média de três/quatro estrelas e as condições foram sempre boas — vou partilhando as escolhas convosco à medida que falar dos pontos por que passámos.
Sobre os islandeses
Que povo mais simpático! E, mais do que isso, a Islândia é simultaneamente o país mais seguro e o país mais inclusivo do mundo, pelo que podem esperar pessoas compreensivas, interessadas e muito queridas. Têm todos um inglês perfeito e até as pessoas mais velhas, não falando de forma fluente, conseguem manter uma conversa convosco.
Por fim, algo que achei muito interessante foi o nível de avanço tecnológico do país: há pagamento por multibanco em todo o lado, quer sejam estabelecimentos, parquímetros ou até food trucks. Há também várias coisas que se podem pagar através de apps, como os estacionamentos ou as poucas portagens que há na Ring Road.
Estes são os pontos que considero mais úteis no planeamento de uma viagem à Islândia, mas estão mais do que à vontade para deixar perguntas e dúvidas ali em baixo, na caixa de comentários. Brevemente partilharei as minhas impressões sobre as duas primeiras paragens da road trip: Reykjavik e a área do Golden Circle.