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Rita da Nova

Qua | 27.06.18

Experiências // Camouflage

A minha sexta-feira passada foi assim: cheia de fogo, num jantar inspirado neste elemento da natureza. Mas não um jantar normal, daqueles de sentar num restaurante, pedir um prato e comê-lo com talheres. O João Augusto - cabeça e mãos deste projecto - acredita cada vez menos na experiência convencional de fazer uma refeição fora e, por isso, decidiu finalmente inaugurar o Camouflage.

 

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Inspirado nos conceitos de pop-up dinner e supperclub, onde a ideia é organizar um jantar mais intimista e confortável numa casa e não num restaurante, o Camouflage traz algumas coisas inovadoras para Lisboa. Primeiro, tudo o que vem para a mesa é de origem vegetal e, depois, o propósito de trazer um elemento da natureza como tema central da experiência vai muito para além da forma como a comida é confeccionada.

 

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Assim que chegamos ao terraço desta casa de Lisboa (a localização é secreta até poucas horas antes do início do jantar), somos presenteados com um fogareiro bem vivo e toda a decoração nos remete para fogo e carvão, sem ser demasiado óbvio. Numa mão trazem-nos um welcome drink feito de rum e citrinos e, com a outra, passam-nos uma caixa de fósforos para a mão. É dentro dela que temos acesso ao menu do jantar.

 

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A noite desenvolve-se em dois grandes momentos. Começamos de volta do fogo e, para fazer jus ao objectivo de trazer interactividade para o jantar, somos nós mesmos a preparar as nossas entradas. Há espetadas de tofu e espetadas de cogumelos para serem colocadas no fogareiro, bem como pão, tostas de carvão e uma série de dips deliciosos para acompanhar a conversa que começa a criar-se em volta do fogo. Somos 10 desconhecidos e a interacção começa por ser tímida e feita dos típicos “o que fazes?” e “como é que vieste aqui parar?”.

 

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Já mais soltos e de barriga confortada, passamos para a mesa. E é aqui que o João começa a surpreender-nos com as criações. Na teoria é tudo comum: uma sopa, duas entradas, um prato principal e sobremesas. Na prática, os nossos olhos vêem uma coisa e o nosso paladar sente outra completamente diferente. E como eu não quero estragar a experiência a quem quiser ir a um jantar Camouflage, hoje não vou revelar-vos nada em concreto sobre a composição dos pratos. Digo apenas que é uma experiência sensorial muito interessante, como eu não tinha há muito tempo.

 

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Estou cada vez mais fã de ideias destas, inovadoras e fora do convencional. Se é verdade que nos tiram da nossa zona de conforto - afinal, vamos enfiar-nos na casa de alguém que não conhecemos e sentar-nos com estranhos à mesa -, a verdade é que no final vale bem a pena e conhecemos pessoas com o mesmo mindset que nós.

 

Portanto, a minha sugestão é: fiquem atentos ao Instagram do Camouflage para saberem quais os próximos pop-up dinners. Uma coisa vos posso adiantar: não serão certamente iguais a este, por isso a surpresa está garantida. Ficaram com curiosidade de ir a um evento destes ou preferem jantares mais normais? Contem-me tudo na caixa de comentários.

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