Cuba: algo es algo, pero no es todo
Chegámos finalmente ao último post sobre a viagem que fiz a Cuba em Fevereiro. A impressão que tinha sobre o país quando cheguei não é a mesma que tenho agora, depois de ter voltado e ter pensado mais sobre o assunto.
Quando me perguntam o que achei de Cuba, lembro-me sempre da frase que o Julio - o taxista que nos levou de Cienfuegos a Havana - disse: Algo es algo, pero no es todo. É verdade que cada cubano tem direito a uma quantidade básica de alimentos por mês, a uma habitação ou terreno e que o sistema de saúde é gratuito. Mas também é verdade que continua a ser um país muito pobre, onde mais de 70% do que é produzido é propriedade do Estado e em que as vacas são magras porque não são criadas para serem comidas. Paga-se demasiado ao Estado para matar uma vaca.
Claro que o turismo tem ajudado a abrir mais o país, mas não é suficiente nem traz benefícios financeiros palpáveis para a vida dos cubanos. E apesar de tudo isto, é incrível como continuam a ser um dos povos mais bem-dispostos e simpáticos que conheci na vida. Pessoas com música e salero na alma que, mesmo que não saibam, são responsáveis por fazer de Cuba um país tão especial.
Como já vem sendo habitual, deixo-vos um vídeo de resumo da viagem com as imagens que foi possível ir captando com o telemóvel.
E agora que chegámos ao fim, digam-me: há alguma dica ou pergunta sobre Cuba que tenham e à qual eu não respondi em nenhum dos posts? Deixem os vossos comentários!