City of Girls, Elizabeth Gilbert
Tinha City of Girls, de Elizabeth Girlbert, na minha pilha de livros para ler desde a Feira do Livro de 2021. Comprei-o com algum entusiasmo, mas depois foi perdendo prioridade — apesar de a Lénia estar sempre a dizer-me que devia lê-lo. Por saber que tinha de pegar nele de uma vez por todas, decidi escolhê-lo para livro de Janeiro do Clube do Livra-te. Como acontece quase sempre, só penso que deveria tê-lo lido mais cedo.
Conta a história de Vivian, uma rapariga de 19 anos que vai viver com uma tia para a Nova Iorque nos anos 1940. Eu já tinha noção de que se passava nesta época, mas não sabia que era contado em forma de carta, escrita por Vivian e dirigida a uma tal de Angela, que só sabemos quem é lá mais para o final do livro. É certo que os primeiros capítulos são bastante descritivos, mas ajudam muito a que nos transportemos para o ambiente da cidade naquela altura, sobretudo porque a sala de espectáculos da tia Peg é o pano de fundo para as descobertas e peripécias de Vivian.
In my experience, this is the hardest lesson of them all. After a certain age, we are all walking around this world in bodies made of secrets and shame and sorrow and old, unhealed injuries. Our hearts grow sore and misshapen around all this pain - yet somehow, still, we carry on.
Sou apaixonada por Nova Iorque e todo esse lado descritivo foi fascinante para mim, bem como o facto de City of Girls ser uma ode ao feminismo e à sexualidade feminina — duas coisas que não eram muito comuns à época. Gostei também de todo o conjunto de personagens secundárias e da forma como foram tendo impacto na vida de Vivian e, consequentemente, na narrativa e no desenvolvimento da história.
Infelizmente, só não posso dizer que tenha passado a fazer parte da lista dos favoritos porque a escrita de Elizabeth Gilbert não me convenceu completamente. Houve momentos em que a achei demasiado repetitiva e os parágrafos inteiros escritos entre parêntesis enervaram-me bastante. Ainda assim, não é uma escrita que não se consiga ler e vale a pena porque a história é mesmo muito envolvente.
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