Brunch do Mundo // América do Sul e Centro
América do Sul e Centro. Notam alguma diferença no primeiro menu desta terceira temporada do Brunch do Mundo? É verdade, esta volta ao mundo vai ter direito a viagens mais prolongadas em partes específicas dos diferentes continentes e a parte central e sul da América foram as escolhidas para inaugurar este novo modelo. Com as temperaturas que se registaram este fim-de-semana, parecia até que tínhamos viajado mesmo para esta zona do globo.
Acho que já passámos a fase em que eu teço rasgados elogios ao Brunch do Mundo, vos digo o quão fã sou deste projecto e o orgulho que tenho de o ter visto crescer. As irmãs por detrás do projecto superam-se a cada edição e o ambiente familiar mantém-se, independentemente de sermos 10, 20 ou 22 passageiros sentados à mesa. Sim, nesta nova temporada há espaço para mais duas pessoas, o que aumenta as hipóteses de conseguirmos uma vaga.
Estava especialmente entusiasmada para conhecer o menu deste novo brunch por dois grandes motivos: primeiro, porque é possivelmente a parte do mundo que tenho mais vontade de conhecer (a cada dia estou mais entusiasmada com a viagem à Patagónia) e, depois, porque desta vez decidi levar a minha Avó. E não é que ela adorou tudo, desde a comida ao ambiente que se cria durante aquelas três horas?
Mas falando de comida, que é para isso que aqui estamos: no menu da América do Sul e Centro há apenas um prato repetido do menu original do continente americano. Todos os outros foram pensados para esta terceira temporada e a primeira novidade estava na mesa à nossa espera quando chegámos. Para além do Pão de Milho tão característico desta zona, pudemos também entreter-nos com uns Pães de Queijo caseiros. E se eu gosto de pão de queijo…
A nossa melhor amiga veio de Barbados - e não, não estou a falar da Rihanna. Chama-se Poncha de Frutas, de seis frutas para ser mais específica: lima, limão, laranja, ananás, groselha e goiaba (como eu adoro goiaba!). Esta combinação resulta num sumo tropical e refrescante, mas não demasiado intenso para se sobrepor aos pratos que vieram a seguir. Ah! Sabiam que foram os portugueses que deram o nome ao país, devido às figueiras típicas que parecem barbas? Esta foi apenas uma das curiosidades que nos contaram quando trouxeram esta bebida para a mesa.
Da Colômbia chegaram outras tantas histórias e, também, o único prato que eu já conhecia - a Sopa Ajiaco. É um caldo com frango, batata e milho em maçaroca, que fica divinal quando combinado com o creme de leite e as alcaparras que o acompanham. Aprendi porque é que a sopa tem este nome, mas não vos vou contar para vos motivar (ainda mais) a ir experimentar este menu.
A partir daqui foram só surpresas. Para simbolizar o Peru, que tem uma das minhas gastronomias favoritas e está na minha lista de países a conhecer brevemente, foi-nos trazida uma Causa Rellena feita com batata doce, abacate, atum e ovo. Foi um dos meus pratos favoritos deste menu porque é leve e fresco, ao mesmo tempo que tem muita personalidade. O último prato salgado transportou-nos directamente para a Venezuela. Estas Arepas com Guacamole são - nada mais, nada menos - do que pães de milho que os venezuelanos recheiam com os mais diversos ingredientes.
Na segunda metade da viagem passeámos pelos pratos doces, que costumam ser os meus favoritos. A nossa paragem na Argentina não podia deixar de ter doce de leite à mistura e aqui veio numas Panquecas com Doce de Leite absolutamente divinais. Enquanto comia não podia deixar de pensar em Janeiro e na minha ida à Patagónia argentina, acreditam?
Já no menu anterior passávamos pelo açaí tão característico do Brasil, mas desta vez decidiram dar-lhe ainda mais destaque. Em vez de ser um sumo, o Creme de Açaí serve de base para a Granola de Milho e Castanha do Brasil. Foi sem dúvida uma pausa refrescante no meio das sobremesas, algo que o calor estava mesmo a pedir. Mas, pessoas, o que veio a seguir foi absolutamente de outro mundo. O Nicarágua conseguiu surpreender-me com o Doce dos Três Leites que veio para a mesa para encerrar a viagem. Não só foi o meu prato favorito deste menu, como passou directamente para o meu top de pratos favoritos do Brunch do Mundo. Acreditem, é mesmo incrível.
Depois de vos contar tudo sobre esta viagem pelos sabores da América do Sul e Centro, vocês podem reagir de duas formas:
a) “Oh Rita, como é que eu consigo ir a uma coisa destas?”. É fácil, mas exige que estejam atentos ao Facebook e Instagram, os locais onde as próximas datas serão anunciadas. E depois é preciso que sejam dos primeiros a enviar um e-mail para reservar um lugar.
b) “Ainda não me convenceste bem a ir ao um brunch destes”. Duvido muito, mas se assim for podem sempre ler todos os posts que já escrevi sobre o Brunch do Mundo. Se mesmo assim não vos convencer, então lamento mas não têm salvação possível. Estão todos aqui:
> Brunch do Mundo: uma viagem ao continente americano
> Brunch do Mundo: descobrir África através da comida
> Brunch do Mundo: uma volta pela Ásia através da comida
> Brunch do Mundo: terminar a viagem na Europa
> Brunch do Mundo: Best Of de pratos e viajantes
> Brunch do Mundo: uma nova viagem, numa nova casa
> Brunch do Mundo: vamos conhecer o Médio Oriente?
> Workshop de Escrita Criativa sobre sensações com o Brunch do Mundo