Balada para Sophie, Filipe Melo & Juan Cavia
A propósito do desafio de ler 7 livros em 7 dias, que fiz no início deste mês, acabei por (finalmente!) ler Balada para Sophie, uma novela gráfica de Filipe Melo e Juan Cavia — o Guilherme estava farto de me recomendar que lesse, e agora entendo porquê.
A história começa quando a jornalista Adeline Jourdain consegue, em 1997, a proeza de entrevistar Julien Dubois, um músico e pianista famosíssimo. É a propósito das conversas entre eles que somos transportados para o ano de 1933 — até ao dia em que Dubois, ainda criança, se cruza com François Samson num concurso de piano. Apoiado pelo privilégio de ter nascido numa família rica, Julien vence o concurso, mas fica para sempre preso à ideia de que o prémio lhe foi entregue injustamente.
Quando duas pessoas destruídas estão à beira de um abismo... A tentação de saltar torna-se ainda mais irresistível.
Essa injustiça e a admiração que sente por Samson, percebemos, marca a vida de Julien Dubois e toma conta das suas decisões no futuro. Ao mesmo tempo que relata a sua história com muita melancolia e um pouco de sarcasmo, o pianista vai desenvolvendo uma bonita amizade com a jornalista que tem interesse em saber mais sobre a sua vida.
Gatinho. 🥺
Adorei a experiência de ler esta banda desenhada, acho mesmo que a dupla está incrível — os desenhos são qualquer coisa do outro mundo e o estilo narrativo de Filipe Melo tem muito a ver com o meu estilo de leitura.
A sorte é que partilho a casa e a vida com um ávido consumidor de banda desenhada — e um grande fã desta dupla —, pelo que tenho por cá As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e PizzaBoy, Vampiros e Comer/Beber. Em qual diriam que fazia sentido aventurar-me a seguir?