Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Rita da Nova

Ter | 23.11.21

Bag of Bones, Stephen King

Às vezes crio desafios que nem eu sou capaz de cumprir como deve ser — falo do tema de Outubro d'Uma Dúzia de Livros, que era ler "um livro assustador". Se ao início achei que não era a minha praia porque sou muito assustadiça, depois fui compreendendo que talvez Bag of Bones, de Stephen King, não fosse a melhor leitura para mim neste momento.

 

bag-of-bones-stephen-king.jpg

 

Começando pelo princípio: Bag of Bones é sobre um escritor que sofre um grande bloqueio durante alguns anos, depois de ter perdido a mulher. Uma vez que tem vários sonhos e pesadelos sobre Sara Laughs, a casa de férias do casal, acaba por decidir recolher-se lá, quase como se isto fosse um chamamento da própria casa. O livro tem assumidamente vários pontos em comum com Rebecca, de Daphne do Maurier, que eu adorei. Porém, aqui não consegui sentir a mesma ligação ao livro.

 

This is how we go on: one day at a time, one meal at a time, one pain at a time, one breath at a time. Dentists go on one root-canal at a time; boat-builders go on one hull at a time. If you write books, you go on one page at a time. We turn from all we know and all we fear. We study catalogues, watch football games, choose Sprint over AT&T. We count the birds in the sky and will not turn from the window when we hear the footsteps behind us as something comes up the hall; we say yes, I agree that clouds often look like other things - fish and unicorns and men on horseback - but they are really only clouds. Even when the lightening flashes inside them we say they are only clouds and turn our attention to the next meal, the next pain, the next breath, the next page. This is how we go on.

 

Demorei semanas a conseguir terminá-lo, mas não por ser demasiado assustador, acho só que não resultou para mim. É demasiado extenso, tive constantemente a sensação de que Stephen King demora muito tempo em aspectos que não acrescentam grande coisa à história. Acredito que Stephen King seja um génio na arte de escrever histórias de terror, ao que parece foi até ele quem criou, com este livro, o mecanismo de as letras-íman do frigorífico deixarem mensagens às personagens. Consigo identificar muita qualidade nas ideias do autor e na forma como faz os pontos principais da narrativa ligarem-se entre si, mas em geral aborreceu-me profundamente.

 

Honestamente, não sei bem explicar o que me aborreceu além do que já disse. Já tinha lido também Misery e, apesar de ter gostado e de me ter assustado bastante, senti este aborrecimento em algumas partes. Talvez Stephen King não seja para mim, quem sabe? Alguém desse lado se identifica com esta dificuldade em ficar presa aos livros dele?

10 comentários

Comentar post