Até que a morte os separe
Sempre tive mixed feelings em relação ao casamento. Não pensem os mais distraídos que o Guilherme fez o pedido e que foi por isso que resolvi dissertar sobre este tema. É que ontem fui convidada num casamento e fiquei a pensar de onde virão estes meus sentimentos tão contraditórios em relação a esta cerimónia.
Os casamentos são sempre festas espectaculares, mais que não seja porque servem como desculpa para juntar amigos e família durante um dia. Estão todos ali para celebrar o amor na sua expressão mais sublime: duas pessoas decidiram unir-se, supostamente para a vida, e nós tivemos a sorte de sermos escolhidos para estar com elas nesse dia.
Compreendo perfeitamente que as pessoas queiram casar-se e apoio-as se for essa a sua decisão, mas há momentos em que me questiono se o casamento será uma obrigação ou se será o ponto máximo da demonstração do amor que sentimos por outra pessoa. A verdade é que o casamento sempre me pareceu um passo a mais naquilo que deveria bastar-se por si - o amor.
Mas depois vem a minha Avó - munida com as suas histórias incríveis de vida - tirar-me do meu pedestal céptico e lembrar-me que nem sempre o amor basta. Que às vezes nem sequer é o amor que decide; que às vezes precisamos de encontrar formas de mostrar aos outros que vamos com eles até ao fim e que o casamento é uma forma tão legítima como as outras.
Aos 50 anos, a minha Avó casou pela primeira (e única) vez. Não com o pai da minha mãe, mas com o homem a que ainda hoje chamo Avô. Conheceram-se no consultório médico onde a minha Avó trabalhava como assistente e não foi amor à primeira vista. Ou à segunda. Nem sei se alguma vez o amor enquanto o conhecemos foi para ali chamado. O cancro estava lentamente a matá-lo e ele só queria o que nunca tinha tido na vida: uma família. E foi isso que ela lhe deu durante quase três anos: uma família e algo a que se agarrar, pessoas com quem partilhar os dias, crianças para ver crescer.
Por isso, enquanto todos os casamentos forem como o da minha Avó e como aquele em que estive ontem, então contem comigo para levantar o copo e brindar a algo que, embora não compreenda, consigo sentir.
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O vestido que usei no casamento de ontem é da Chic by Choice e não podia estar mais satisfeita com o serviço. Foi a primeira vez que aluguei um vestido, mas a equipa foi incansável e não desistiu enquanto não me encontrou "o tal". Quanto ao cabelo, se acompanharam as stories do Instagram conseguiram ver alguns pormenores, mas foi tudo um maravilhoso trabalho feito pela Rita Serrano, do HairDreams by Rita. A Rita penteou-me pela primeira vez em 2012 e não quero outra pessoa a fazer-me penteados para ocasiões especiais! Podem acompanhar o trabalho dela no Instagram, no Facebook e no YouTube. Assim que tiver mais fotografias partilho convosco.