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Rita da Nova

Sex | 23.12.22

As melhores séries de 2022

Acho que todos os anos começo este post da mesma forma: não vi tantas séries quanto gostaria, mas quando é hora de dividir o meu tempo entre séries e livros, os últimos têm sempre prioridade. Na realidade, o facto de ter começado a trabalhar por conta própria e de o fazer maioritariamente em casa ajudou a que pudesse dedicar mais tempo às séries — já reservava a hora de almoço e a hora de jantar, mas agora posso fazê-lo mais vezes sem ter a preocupação de “ter de voltar ao trabalho”.

 

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Assim, acho que em 2022 acabei por assistir a mais séries do que nos anos anteriores e, acima de tudo, foquei-me naquelas de que iria certamente gostar. As que vos apresento foram as minhas favoritas, apresentadas sem qualquer ordem em particular:

 

1. Atlanta

Acho que não se fala o suficiente desta série, que se reinventa a cada nova temporada. Chegou ao fim este ano, com muita pena minha, mas reconheço que soube terminar bastante bem. Fica melhor a cada temporada que passa: é cada vez mais satírica, mais crítica e tem ali uns laivos de surrealismo que eu aprecio muito.

 

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2. House of the Dragon

Não dá para falar das séries de 2022 sem referir a prequela de Game of Thrones, que condensa todas as coisas boas deste universo. Acho que estávamos todos com as expectativas bem em baixo depois do final de Game of Thrones — e eu não gostava particularmente da Casa Targaryen —, mas diverti-me muito com esta série e aguardo ansiosamente pela segunda temporada.

 

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3. Gilmore Girls

Sim, só agora, deixem-me. Comecei a ver no Outono do ano passado e ainda não terminei porque é a série que vejo quando o Guilherme não está em casa. É a minha série de conforto, quero ser a Lorelai e mudar-me para Stars Hollow.

 

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4. Severance

Foi, sem dúvida, a série que mais me prendeu este ano — e só a vi agora em Dezembro. Acho que é a melhor crítica ao mundo laboral e corporativo que vi até hoje. A premissa é óptima: existe uma empresa em que os trabalhadores aceitam colocar um chip no cérebro para conseguirem separar o “eu” do trabalho do “eu” da vida pessoal — assim, as suas memórias são completamente separadas e não interferem umas com as outras. Imaginem que The Office tinha um filho com The Handmaid’s Tale e aí têm Severance.

 

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5. The White Lotus

Vi as duas temporadas este ano e, mais houvesse, mais eu veria. Não comecei muito convencida, mas a meio da primeira já estava totalmente agarrada. O conceito da série é bastante interessante: as temporadas passam-se num Resort White Lotus, onde há uma morte suspeita. É uma série de comédia negra, mas acaba por falar bastante sobre a natureza humana e as dinâmicas das relações entre pessoas.

 

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6. Moon Knight

É certo que o universo Marvel pode parecer sempre a mesma coisa ou pode parecer que “são só super heróis”, mas Moon Knight foi uma das melhores coisas que vi este ano. A personagem do Moon Knight é super interessante, traz bastante mitologia egípcia para cima da mesa e abre a discussão para questões de saúde mental. Bem sei que parece uma baralhada — e que pode custar a entrar —, mas prometo que é óptimo.

 

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7. Stranger Things

Eu estava progressivamente mais desencantada com Stranger Things até que esta última temporada me fez apaixonar-me novamente pela série. Está um pouco mais adulta e negra do que as anteriores, mas começa a juntar as pecinhas do puzzle para chegarmos à próxima (e última) temporada da série. Tem um bom vilão e os criadores começam a ter coragem de tomar decisões importantes para a série, mas difíceis para as personagens de quem tanto gostamos.

 

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8. Conversations with Friends

Não, não é tão boa quanto a adaptação de Normal People, mas vocês sabem que eu aproveito todas as oportunidades de contactar com a escrita e as histórias de Sally Rooney. Conversations with Friends é o meu livro favorito da autora e embora a série tenha sido uma seca para a maioria das pessoas, eu gostei bastante. Fiquei cheia de vontade de reler o livro, o que só pode ser bom sinal.

 

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9. The Bear

Um Chef de cozinha habituado a trabalhar em restaurantes Michelin regressa a casa para tomar conta do restaurante de bairro do irmão, que se suicidou. Esta é a premissa da série, mas não faz jus à obra de arte que é. O ritmo consegue reproduzir muito bem como é trabalhar numa cozinha profissional — e a fotografia da série é maravilhosa.

 

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10. Sandman

À partida não seria o tipo de série de que eu gostaria, mas dei uma hipótese e gostei mesmo muito. O Deus dos Sonhos, Morpheus, regressa depois de décadas aprisionado e começa a reconstruir o seu domínio. Parece uma coisa básica de fantasia, mas tem o lado sombrio próprio do criador da série, Neil Gaiman. Embora não me tenha despertado interesse de ler as bandas desenhadas, deu-me certamente muita vontade de ler livros do autor.

 

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Que séries destacariam este ano? Viram algumas das que referi? Quais não posso perder em 2023? Se vos interessar, podem sempre rever as séries de que mais gostei em 2021 e 2020

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