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Rita da Nova

Qui | 27.01.22

Ariadne, Jennifer Saint

Eu bem disse que andava maluca com reinterpretações de mitos e, então, para continuar a loucura, pus-me a ler o Ariadne, de Jennifer Saint. O livro conta a história de Ariadne, princesa de Creta e irmã do conhecido Minotauro — no fundo, a lenda vista pelos olhos dela (e da irmã Phaedra) e não dos homens que se tornaram conhecidos.

 

ariadne-jennifer-saint.jpg

 

Este livro não tem a escrita maravilhosa de Madeline Miller em The Song of Achilles, nem tem o sarcasmo de Margaret Atwood em The Penelopiad, mas foi sem dúvida, dentro do género, aquele que mais me prendeu — a narrativa desenvolve-se de forma bastante acelerada, estão sempre a acontecer coisas e cada capítulo tem a capacidade de nos deixar com imensa vontade de agarrar o seguinte.

 

Confesso que conhecia pouco sobre a lenda do Minotauro e sobre o fio de Ariadne, apesar de saber que é uma expressão comum para quando tentamos resolver um problema de forma lógica, mas adorei a dinâmica criada entre a personagem principal e a irmã Phaedra, duas mulheres que tentam evitar o destino que era comum a todas as princesas na época — ou casar de forma imposta, ou ficar sujeita ao castigo dos homens por tentar fazer diferente.

 

What I did not know was that I had hit upon a truth of womanhood: However blameless the life we lead, the passions and the greed of men could bring us to ruin, and there was nothing we could do.

 

Acho que 2022 vai ser mesmo o ano em que recupero o meu gosto pela mitologia, especialmente a grega, então já tenho outras leituras em vista: The Silence of the Girls, Circe e o Mhytos de Stephen Fry — este comprei em áudiolivro para não perder a maravilhosa voz do autor a narrar.

 

O que acrescentariam a este lista? Também gostam destas abordagens femininas a lendas normalmente contadas do ponto de vista dos homens?

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