Adeus, Casinha! Olá, Casa Nova!
Esta semana despedimo-nos da nossa primeira casa. Confesso que não estava à espera de me ir tão abaixo e de me custar tanto tirar os móveis do sítio e os quadros da parede - afinal fui eu quem começou a pensar no processo de compra de casa em primeiro lugar.
Ontem, a cada coisa que levava para a casa nova, uma memória antiga surgia. Lembrei-me de quando achámos que nos estavam a assaltar a casa porque, cá de baixo, vimos pessoas naquela que achávamos ser a nossa varanda (mas afinal era a varanda do lado). Lembrei-me do momento em que pedi o Guilherme em casamento, sentada na nossa cama. Lembrei-me de quando as gatas tinham a mania de se esconder atrás dos armários da cozinha - tanto que tivemos que mandar tapar o buraquinho por onde se esgueiravam.
Não me interpretem mal, estou muito feliz por termos a nossa própria casa. É nossa, só nossa - quer dizer, se não a pagarmos temos o banco à perna, mas vocês percebem. Saber que todos os meses estamos a pagar algo que é para nós deixa-me muito tranquila. Para além de que é uma casa muito maior e as condições nem se comparam.
Não posso, contudo, deixar de me sentir triste por dizer adeus a um sítio onde fui infinitamente feliz. Sei que no meio das caixas e dos sacos todos conseguimos guardar espaço para trazer estas memórias connosco. E esta casa ainda está meio vazia e despida, mas já rimos e dançámos nela, o que só pode ser um bom sinal.
Adeus, primeira casinha. Foste a melhor primeira casinha que poderia ter pedido. E tu, casa nova, vais ser do caraças! 💛