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Rita da Nova

Sex | 16.05.25

Great Big Beautiful Life, Emily Henry

Não é segredo para ninguém e eu digo sempre isto: mesmo não sendo a maior fã de romances destes, os livros de Emily Henry são uma exceção. Gosto de acompanhar a autora anualmente, porque todas as primaveras lança um livro novo, e à exceção de Beach Read (PT: Romance de Férias) gostei de todos — uns mais do que outros, é certo, mas senti sempre que foram um momento bem passado.

 

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Estava, portanto, muito entusiasmada com o lançamento de Great Big Beautiful Life (PT: Uma Vida Incrível e Maravilhosa), mesmo sabendo pouquíssimo sobre a sinopse e o que poderia esperar nesta nova história. Logo às primeiras páginas percebi que estava perante o livro mais maduro da autora, o que vai ao encontro da experiência que tenho tido com ela — a cada nova história, a prosa e o formato escolhido para a narrativa parece-me mais adulto e trabalhado. Aqui, conhecemos Alice e Hayden, dois escritores com percursos muito diferentes. Ela é jornalista e tem muita vontade de escrever biografias, ele já trilhou esse caminho e ganhou até um Pulitzer. Como é que os dois se cruzam? É que estão ambos na corrida para serem escolhidos para escrever a biografia de Margaret Ives, uma herdeira famosa do séc. XX, que desapareceu misteriosamente do estrelato.

 

De forma muito direta, Great Big Beautiful Life é como se Beach Read tivesse tido um filho com The Seven Husbands of Evelyn Hugo (PT: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo) e isso, segundo percebi, é a grande crítica que fazem ao livro — o que eu compreendo, mas para mim resultou muito bem. Aquilo que mais me fez ficar agarrada à leitura foi, ao contrário do que aconteceu até agora com a autora, o facto de o romance passar para segundo plano. Há duas linhas narrativas e a de Margaret Ives ganha muitas vezes protagonismo face à da relação de Alice e Hayden.

 

Foi uma leitura bastante divertida, torci pelas personagens desde a primeira página e achei o romance bastante credível e maduro. Sim, há obstáculos entre as personagens, mas em momento algum a autora usa falhas de comunicação ou outros estratagemas para arrastar esse lado da história — e eu, que tenho pouca paciência para esses mimimis, agradeço. Quando terminei questionei-me se não estaria aqui o meu novo favorito escrito por Emily Henry, mas depois de pensar um bocadinho — e embora tenha gostado muito — concluí que esse lugar ainda pertence, em partes iguais, a People We Meet on Vacation (PT: Pessoas que Conhecemos nas Férias) e Book Lovers (PT: Doidos Por Livros).

 

Mas agora quero saber: há leitores de Emily Henry por aí? Como receberam este novo livro?