Mexican Gothic, Silvia Moreno-Garcia
Silvia Moreno-Garcia estava no meu radar há algum tempo, sobretudo por causa deste livro: Mexican Gothic (PT: Gótico Mexicano). Talvez tivesse sido mais propício para ler perto do Halloween, mas não é como se houvesse uma altura certa para ler uma história de terror. A parte boa de estar mais experiente enquanto leitora deste género literário é que me sinto mais capaz de definir o meu gosto — e este livro, infelizmente, não funcionou bem comigo.
Volvidas algumas semanas de ter terminado a leitura, e de andar para trás e para a frente na minha cabeça com o objetivo de saber o que achei, concluo que a experiência não foi nada de especial. A premissa até parecia interessante, já que a autora quis escrever uma história dentro do género do terror gótico clássico, situando-a no México. Noemí Taboada, a protagonista, é chamada pela prima para ir até à casa da família do marido, pois está bastante doente e precisa dela. Como podem ver, o típico ponto de partida para este género de livros.
The future, she thought, could not be predicted, and the shape of things could not be divined. To think otherwise was absurd. But they were young that morning, and they could cling to hope. Hope that the world could be remade, kinder and sweeter.
Porque nem tudo foi mau, gostei muito da maneira como Silvia Moreno-Garcia construiu as personagens e as pôs a interagir umas com as outras. Como a nova família da prima é inglesa, há obviamente alguns choques culturais entre Noemí e as pessoas que vivem na casa — estas dinâmicas deram um lado mais fresco e divertido à história. Quanto ao enredo em si, achei previsível e aborrecido; o livro podia ter perfeitamente menos cinquenta ou cem páginas e estaria bem melhor.
Também não fiquei especialmente impressionada pela prosa da autora — não sendo má, também não senti que fizesse valer o livro. Mas fico curiosa por saber o que acharam, caso o tenham lido. Contam-me ali nos comentários?