The Night Circus, Erin Morgenstern
O segundo livro do Clube do Livra-te de março foi um livro fora daquela que é a minha zona de conforto nas leituras, mas começo com uma espécie de veredito final: embora seja uma história muito mais focada no ambiente do que na ação, The Night Circus (PT: O Circo da Noite) foi uma experiência bem mais prazerosa do que a que eu tinha tido com a autora, Erin Morgenstern, no passado.
Fiquei desde logo curiosa com a premissa: neste mundo fantástico, existe um circo noturno, que aparece sem avisar. Só que esse espaço, composto por diversas tendas, cada uma com um espetáculo diferente, é também o palco para uma competição entre dois mágicos — Celia e Marco. Com uma prosa muito bonita, Erin Morgenstern leva-nos a conhecer este circo desde os momentos da sua fundação, e rapidamente percebemos que Celia e Marco vão acabar por se apaixonar, o que põe em causa o resultado do jogo.
Someone needs to tell those tales. When the battles are fought and won and lost, when the pirates find their treasures and the dragons eat their foes for breakfast with a nice cup of Lapsang souchong, someone needs to tell their bits of overlapping narrative. There's magic in that. It's in the listener, and for each and every ear it will be different, and it will affect them in ways they can never predict. From the mundane to the profound. You may tell a tale that takes up residence in someone's soul, becomes their blood and self and purpose. That tale will move them and drive them and who knows what they might do because of it, because of your words. That is your role, your gift. Your sister may be able to see the future, but you yourself can shape it, boy. Do not forget that... there are many kinds of magic, after all.
The Night Circus é um livro com muito ambiente e bom desenvolvimento de personagens, o que costuma ser suficiente para me atrair. E foi, porque consegui desligar da grande lacuna deste livro: a falta de clareza em relação às regras da magia e desta competição que parece tão importante para os protagonistas. Durante a leitura, senti-me a aproveitar todas as descrições daquele espaço mágico, bem como a relação entre as diferentes personagens. Aliás, até diria que as personagens secundárias me interessaram bem mais do que os protagonistas.
Ainda assim, em retrospetiva, fico com a sensação de não ser um livro perfeito para mim precisamente porque, quando penso nele, só consigo lembrar-me de não ter percebido nada do sistema de magia e a competição entre Celia e Marco. É pena, porque com essa parte mais bem trabalhada, tinha tudo para ser um favorito.
E vocês, leram este livro connosco? Se sim, o que acharam?
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