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Rita da Nova

Qui | 27.02.25

The Forty Rules of Love, Elif Shafak

Em fevereiro, eu e a minha amiga Pat (🫰) trocámos livros em que o amor — nas suas mais diversas formas — fosse o tema central. Fiquei felicíssima quando ela me passou The Forty Rules of Love, de Elif Shafak, para as mãos. Não é surpresa para ninguém que eu adoro tudo o que esta mulher escreve, pelo que fiquei muito entusiasmada com esta leitura surpresa.

 

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Ella é uma mulher casada, com três filhos adolescentes, e vive uma vida aparentemente tranquila e feliz. Ainda assim, sente que há qualquer coisa que lhe falta: quando olha para trás, consegue identificar que, onde havia amor, agora não há nada. E é assim que The Forty Rules of Love começa: com o momento em que Ella vai ter com o marido e lhe pede o divórcio. A partir daí, andamos para trás no tempo e percebemos que foi um manuscrito, sobre um poeta sufi chamado Rumi e outro chamado Xamece de Tabriz, que espoletou tudo isto. Mais do que o manuscrito, foi o seu autor, com o qual vai contactando amiúde — primeiro sobre a obra, depois sobre a vida.

 

Every true love and friendship is a story of unexpected transformation. If we are the same person before and after we loved, that means we haven't loved enough.

 

Gostei muito do livro e da história, sobretudo do facto de haver um livro dentro do livro. Contudo, não é o meu Elif Shafak favorito: foi publicado em 2009, sendo assim o livro mais antigo da autora que já li, e acho que se nota. Temos aqui vários ingredientes característicos dela, como linhas temporais alternadas ou uma escrita muito cinematográfica, que em livros mais recentes foram desenvolvidos com ainda mais qualidade. Ainda assim, acho que pode ser um excelente ponto de partida para quem quer iniciar-se na obra dela. Ler Elif Shafak é sempre descobrir novas culturas, novas formas de pensar, e aprender várias coisas sobre o mundo em que vivemos. Aqui, por exemplo, explica-nos a origem da dança rodopiante dos dervixes, de uma maneira que faz todo o sentido para a história.

 

Continuarei deste lado a ler mais e mais coisas desta autora, tanto a newsletter que tem como os livros. Talvez o próximo seja 10 Minutes 38 Seconds in This Strange World (PT: 10 Minutos e 38 Segundos Neste Mundo Estranho). Que outros me aconselhariam?