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Rita da Nova

Sex | 13.12.24

As melhores coisas que vi em 2024

Mais uma sexta-feira, mais um post no blog sobre as melhores coisas do ano. Já que foi um ano cheio de entretenimento — concertos, séries, filmes e espetáculos —, decidi reunir as melhores coisas que vi, e não apenas as séries. Se é provável que fique uma grande confusão? Talvez, mas não saberei se não experimentar.

 

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Como podem calcular, não consegui reunir apenas cinco coisas, pelo que será uma lista um pouquinho mais extensa. E se normalmente já faço este disclaimer, sinto que hoje ainda se justifica mais: não há qualquer ordem de preferência nas coisas que vos vou apresentar de seguida. Sem mais demoras, aqui ficam as melhores coisas que vi em 2024:

 

1. The Marvelous Mrs. Maisel

Já tinha apanhado partes desta série quando o Guilherme andava a ver, mas nunca senti grande vontade em começar. Até ao dia em que lhe perguntei que série me recomendaria para ver aos domingos, quando ele está a trabalhar fora de casa. Sugeriu-me esta e desbloqueou toda uma obsessão nas semanas seguintes. Nem sempre concordei com Midge Maisel, a protagonista, mas torci sempre por ela: vê-la a tornar-se comediante nos anos 1960 é uma grande lição sobre feminismo — e sobre como ele é tão preciso agora quanto era na altura.

 

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2. Past Lives

Sim, este post é uma amalgama de favoritos, mas se só pudesse escolher uma coisa, certamente escolheria este filme. Não vos consigo explicar o quão direto ao coração foi, nem o estado em que fiquei quando acabei de ver. Admito que, do ponto de vista técnico ou até de representação, possa não ser das melhores coisas desta lista, mas ganhou-me pelo lado emocional — e não aceito uma única crítica a Past Lives.

 

PAST LIVES (2023)

 

 

3. Anatomy of a Fall

Amo histórias com personagens complexas e cinzentas, e é isso mesmo que encontramos em Anatomy of a Fall. Sandra é uma escritora alemã que mora, com o marido francês e o filho numa casa isolada nos Alpes. O marido é encontrado morto nas imediações da casa, e Sandra é a principal suspeita. Passei o filme todo a mudar a minha opinião sobre o que realmente tinha acontecido, o que só pode querer dizer que está extremamente bem feito. E a prestação de Sandra Hüller está irrepreensível.

 

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4. Baby Reindeer

Foi um surto coletivo e eu também fui apanhada (e bem). Não sei se há grande coisa que possa dizer sobre esta série que ainda não tenha sido dito, mas merece muito estar nesta lista porque, durante dias, não fomos capazes de ver (ou de falar de) outra coisa cá em casa.

 

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5. Ripley

Nunca li The Talented Mr. Ripley, de Patricia Highsmith, no qual esta série foi inspirada; nem sequer tinha visto o filme de 1999, que era já uma adaptação do livro, mas fiquei cheia de vontade de continuar a mergulhar nas diferentes interpretações desta história. Andrew Scott está perfeito no papel de Ripley, e se gostam de narrativas que vos põem a torcer pelos vilões, então têm de pôr esta série na vossa lista.

 

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6. Presumed Innocent

Começo a perceber que há um tema recorrente no meu entretenimento favorito deste ano: há aqui muitas histórias com personagens dúbias, em quem nem sempre sabemos se podemos ou devemos acreditar. Presumed Innocent é uma dessas séries, já que acompanhamos um procurador público a investigar o homicídio de uma colega de trabalho — o que ele não contava era ser o principal suspeito. Estive na ponta da cadeira (e cheia de teorias) até ao minuto final.

 

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7. Agatha All Along

No ano em que a Marvel decidiu acalmar um bocadinho nos lançamentos, trouxe-me uma das minhas séries favoritas do ano. Desde o fim de WandaVision que andavam a prometer a história de Agatha Harkness e não desiludiu. Mais do que uma série sobre bruxas ou sobre o universo da Marvel, retrata demasiado bem o processo de lidar com o trauma.

 

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8. Wicked (o musical e o filme)

Verdade, verdadinha: nunca tinha visto Wicked e, no mesmo ano tive a sorte de ver o musical na Broadway e o filme. E é assim: AMEI, AMEI, AMEI. Fiquei louca com o musical e ainda mais com a adaptação para cinema, que não só faz jus ao musical como consegue inovar sem perder a essência. Quero a parte dois para ontem, por favor!

 

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9. Desconfortável de Diana Nicolau

Continuamos fora dos ecrãs com a peça Desconfortável, de Diana Nicolau. É um monólogo que pretende deixar-nos mesmo assim, desconfortáveis, mas que toca em pontos importantíssimos sobre a experiência feminina. Ser mulher é estar em permanente desconforto: seja pela relação que temos com o nosso corpo, pelo facto de termos de decidir se queremos ser mães ou não, pelo facto de termos de lidar com as consequências da nossa escolha, pelos olhares que nos lançam na rua ou por situações ainda mais graves. Não sei se a peça vai andar por aí em 2025, mas acho que é daquelas coisas obrigatórias, mesmo.

 

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10. Crente de Luana do Bem

Vou acompanhando alguma comédia (coisas que vêm com o casamento), e posso dizer com toda a certeza que Crente, da Luana do Bem, foi o melhor espetáculo de stand-up que vi este ano. Perfeito do início ao fim: a Luana consegue um equilíbrio muito interessante entre ganhar proximidade com o público e mostrar-lhe que talvez não deva confiar em tudo o que é dito em palco. Sei que ainda há algumas datas para o ano que vem — se ainda não viram, não deixem escapar!

 

 

11. Olivia Dean @ MEO Kalorama

Um concerto simples e intimista, ao pôr do sol numa tarde de verão. A voz e o carisma de Olivia Dean foram mais do que suficientes para encantar quem assistia e eu ainda fiquei mais fã dela depois de a ver ao vivo.

 

 

12. Olivia Rodrigo GUTS Tour

Termino com mais um concerto porque seria impossível não recordar que vi Olivia Rodrigo ao vivo este ano. Obriguei-me a fugir do TikTok, para ir o mais às cegas possível, e saí de lá com a sensação de que Olivia Rodrigo tem uma carreira brilhante à sua frente. Mas o mais bonito, ou pelo menos o que mais me tocou, foi a forma como um concerto desta artista é um safe space para as meninas e raparigas, que podem vestir-se a preceito e celebrar os seus gostos, sem receio de serem gozadas.

 

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Os mais atentos repararam certamente numa falha grande nesta lista. Já vos oiço a perguntar: “Rita, onde é que está a The Eras Tour?”. Meus amigos, a The Eras Tour foi tão importante para mim, que merece destaque noutra das publicações que vos vou trazer — é já para a semana, e trará os melhores momentos de 2024.

 

E vocês, quais diriam ser as melhores coisas que viram ao longo deste ano? Contem-me tudo nos comentários! Enquanto não volto com mais coisas boas de 2024, se vos interessar, podem ir ver quais foram as séries de que mais gostei em 2023, 20222021 e 2020.