Chipre // Paphos & Lado turco
Como tudo o que é bom tem de chegar ao fim, cá estou eu para o último post sobre a viagem a Chipre. Este é o momento ideal para irem ler (ou reler) as duas publicações iniciais — uma em que vos conto o que devem saber antes de viajar para esta ilha e outra em que dou algumas recomendações por zona. Se já estão em dia, então é só continuar porque hoje vou falar sobre as duas zonas que faltam: Paphos e uma parte do lado turco.
Sem mais demoras, aqui ficam algumas ideias de coisas que podem ver, fazer e comer nestas regiões:
Paphos
Paphos era uma das zonas que estava mais entusiasmada por conhecer, mas como ficava na ponta oposta àquela em que estávamos alojados — a cerca de 2h de distância — decidimos reservar apenas um dia para lá ir. Isso implicou acordar cedo para garantir que fazíamos tudo o que queríamos, e posso garantir que é perfeitamente exequível e sem terem de andar numa correria.
O plano mais antecipado para esse dia era um passeio de barco pela Blue Lagoon (sim, outra Blue Lagoon que não a de Agia Napa), mas como estava marcado para o fim do dia deu para ir visitando alguns pontos até lá. O primeiro foi o local arqueológico de Nea Paphos, que é uma zona de ruínas onde podem ver túmulos, fortalezas e mosaicos. Chipre tem vários locais dentro deste género, e não queríamos deixar de conhecer pelo menos um — ainda assim, pode não ser uma experiência tão agradável assim se, como nós, forem em pleno verão porque vão certamente sofrer com o calor.
Por isso mesmo, partimos daí para a zona de Coral Bay e aproveitámos para almoçar no Arapis Coral Bay Restaurant antes de irmos dar um mergulho. A praia era ótima, e não estava demasiado cheia, e teríamos ficado lá mais tempo se não quiséssemos passar pelo The Edro III Shipwreck antes de irmos até ao Porto de Latchi, de onde iria partir o nosso barco.
Já em Latchi, ficámos agradavelmente surpreendidos com a empresa que organizava as viagens de barco. Claro que é possível alugar um barco só para vocês, mas acaba sempre por ficar mais caro do que se viajarem com outras pessoas. Nós pagámos apenas 20€ por pessoa, por um passeio de 3h que incluía fruta, um copo de vinho e bastante tempo para nadar na Blue Lagoon — com este preço, estávamos à espera de uma experiência menos boa, mas não posso recomendar o suficiente. Antes de parar na parte onde podem mergulhar e nadar, o barco passa ao largo de vários pontos de interesse, como Aphrodite Bath, St. George Church, St. George Island, Plaji Bay e Manolis Bay. A única coisa que faltou foi algum tipo de explicação por parte da tripulação acerca daquilo que estávamos a ver, sinto que teria enriquecido um pouco mais o passeio.
Como optámos por fazer a última viagem de barco do dia, para apanharmos o pôr-do-sol, fomos dali diretos para uma das melhores experiências gastronómicas de toda a viagem. O Baths Of Aphrodite Restaurant é uma fish tavern muito típica, onde podem experimentar um pouco das iguarias cipriotas que vêm do mar. É recomendado que marquem mesa, sobretudo se quiserem ficar na varandinha que dá diretamente para o mar.
Lado turco
Não é que a ideia de terminar este post numa nota menos positiva me agrade, mas as verdades têm de ser ditas. Tirámos um dia de viagem para passar para o lado turco de carro e foi, provavelmente, aquele em que menos aproveitámos ou que sentimos que não valia tanto a pena. Este lado é claramente mais desorganizado e confuso do que o lado cipriota-grego, o que nos deixou um pouco desconfortáveis ao longo do dia.
Planeámos tudo para visitar a Península de Karpas, onde há uma comunidade enorme de burros por todo o lado, e o nosso destino principal era a Golden Beach, que a Internet dizia ser uma das praias mais bonitas de Chipre. Pois bem, não só não era uma das praias mais bonitas como estava num estado de abandono e poluição tal, que acabou por ser até meio desconfortável estar lá. Havia chapéus de sol e espreguiçadeiras completamente partidos, que achávamos que estavam ali só porque sim, mas rapidamente percebemos que afinal estavam para ser alugadas.
Embora as vias rápidas desta zona da ilha sejam até bastante boas, parece não haver um intermédio entre via rápida e estrada de terra batida, pelo que devem prever bastante tempo só para se deslocarem na parte turca — pelo menos na Península de Karpas foi assim. Descemos depois em direção a casa, com intenção de visitar a cidade fantasma de Famagusta, uma povoação que foi deixada ao abandono aquando da invasão turca, mas não sabíamos que, apesar de ser grátis, tinha horário de visita. Ou seja: acabámos por não conseguir ver nada, só de fora, o que também contribuiu para a desilusão com este dia.
Apesar de o lado turco não ter correspondido às nossas expectativas, diria que foi a única parte da viagem que ficou aquém. De resto, adorei todas as coisas que fizemos e os locais que visitámos, pelo que não posso deixar de recomendar muitíssimo umas férias em Chipre, sobretudo se procurarem fazer praia e estar junto ao mar. Já sabem que estou deste lado para responder a eventuais questões ou dúvidas, e deixo-vos a pergunta: agucei-vos a curiosidade de conhecer este país?