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Rita da Nova

Qui | 22.08.24

Chipre // Nicósia, Agia Napa & Protaras

Sim, bem sei que vos tinha dito que só haveria mais uma publicação sobre a viagem a Chipre, porém, quando comecei a apontar todas as coisas que fizemos — e todos os locais que visitámos — rapidamente compreendi que era melhor dividir em dois, para conseguir estruturar melhor a informação e garantir que não estou só aqui a fazer uma lista enorme de pontos turísticos sem qualquer contexto.

 

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Caso ainda não o tenham feito, recomendo bastante que leiam o primeiro post sobre a viagem, onde explico as coisas essenciais a saber no momento de planear uma viagem a Chipre. Lá, também já levantei um pouco o véu sobre o que foi a natureza das nossas férias: fomos focados em fazer praia, pelo que, a par de algumas sugestões de restaurantes, é essencialmente isso que vão ver por aqui. Antes de começarmos, apenas uma nota: se a vossa ideia é passar dias completos na praia, deixo-vos o alerta de que, sobretudo na época alta, as palhotas e espreguiçadeiras costumam ser ocupadas bastante depressa — vale a pena ir cedo para garantir que conseguem lugar. Ainda assim, se forem como nós e tiverem o objetivo de ir saltitando de sítio em sítio ao longo do dia, saibam que todas as praias de Chipre são públicas e que, por isso mesmo, há sempre espaço no areal para simplesmente porem as vossas toalhas.

 

Contudo, como os nossos dias não foram só escolher uma praia e ficar o dia todo a apanhar sol, aqui ficam as diferentes coisas que preencheram os nossos dias:

 

Nicósia

Pois bem, começamos por aquele que também foi o nosso primeiro local a conhecer. Recordando que, como não há voos diretos de Portugal, tivemos de usar um dia inteiro para a chegada a Chipre, no nosso primeiro dia “a sério” na ilha escolhemos passear pela cidade. Nicósia é a última capital dividida do mundo, o que só por si a torna merecedora de uma visita. Não podem visitar esta cidade pela primeira vez sem uma caminhada pela Ledras Street, onde se encontra uma das fronteiras que vos permite passar para o lado turco. Assim que atravessámos foi como se tivéssemos mesmo mudado de país: entra-se diretamente para um bazar turco, com ruas mais sinuosas e a confusão típica destes mercados ao ar livre.

 

 

Tenho a certeza de que, se não fosse pelo extremo calor, teríamos ficado um pouco mais de tempo a explorar a cidade, mas infelizmente os quase 40ºC não facilitaram a nossa vida de turistas. Ainda assim, deu para um almoço bastante típico no resturante To Anamma, onde pedimos duas mezes de carne grelhada — mais do que suficiente para quatro pessoas, visto que até sobrou.

 

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Agia Napa

Passamos agora para o lado este da ilha, a zona onde estivemos mais tempo. Marcámos propositadamente um alojamento entre Larnaca e Agia Napa, para que fosse mais fácil planear os nossos dias de visita a esta parte do país (sim, na próxima publicação prometo fazer-vos viajar até ao extremo oposto, não se preocupem!). O que dizer da cidade de Agia Napa, além de que é demasiado turística? Exceto para refeições (o KARAMELOMENO vale muito a pena) ou algumas compras que queiram fazer, diria que mais do que a cidade, importa visitar vários pontos desta região, todas elas junto ao mar.

 

Estabelecendo então que a cidade em si não acrescenta grande coisa — aliás, é como se estivéssemos nas ruas mais turísticas do Algarve — o que é que vale a pena conhecer por aqui? Comecemos pela Nissi Beach, onde encerrámos o nosso primeiro dia completo na ilha. Considerada uma das melhores praias do mundo, foi lá que tivemos a consciência do quão quente é a água de Chipre. Decidimos jantar por lá, no Isola Beach Bar, mas honestamente achei o jantar mais overpriced de toda a viagem e não sei se recomendaria.

 

Foi também a região de Agia Napa que nos proporcionou uma das experiências mais giras de toda a viagem. Chama-se MUSAN — Museum of Underwater Sculpture Ayia Napa — e é isso mesmo que estão a ler, um museu debaixo de água. A entrada é totalmente grátis, na realidade só precisam de nadar cerca de 200 metros para começarem a ver as estátuas debaixo de água. Nós fomos em modo snorkeling, mas também é possível fazer em scuba diving e, nesse caso, conseguirão aproximar-se mais das estátuas, uma vez que estão a uma profundidade de cerca de 8 metros. Passámos uma manhã incrível dentro de água, e, não se preocupem, há várias plataformas ao longo do caminho caso precisem de descansar.

 

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Uma das coisas de que mais gostei nesta região foi de simplesmente ir andando de carro junto à costa e de ir parando para observar as paisagens ou para mergulhar. Foi assim que vimos vários dos meus pontos favoritos desta viagens, todos eles perto na zona da Pensínsula de Cape Greco. Começando com as Sea Caves, um lugar de paragem obrigatório pela sua beleza ou, se estiverem a sentir-se aventureiros, para saltar lá de cima para o mar. Continuando caminho, vão ter à Blue Lagoon, onde podem mergulhar sem qualquer problema porque há toda uma estrutura de rocha que dá diretamente para a água e onde passámos imenso tempo simplesmente dentro de água.

 

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E ainda um pouco mais longe, quase na fronteira com a região de Protaras, podem parar para visitar a Ayioi Anargiroi Church, uma igreja ortodoxa de estilo grego, muito simples e muito bonita. Pontos extra para o facto de ter dezenas de gatos por perto, mas não recomendo que a visitem já ao pôr-do-sol como nós, que a quantidade de melgas e mosquitos é inacreditável.

 

 

 

Protaras

Por falar na área de Protaras, devo dizer que é um dos poucos arrependimentos que tenho desta viagem — não ter lá ido, mas ter passado pouco tempo nesta região com praias e paisagens tão bonitas. Decidimos passar lá o nosso último dia completo na ilha e foi mesmo incrível. Começámos o dia a ir até ao Cat Bench, junto à Pernera Beach, que prometia uma grande colónia de gatos, mas só entregou dois ou três. Ainda assim, a praia é lindíssima e muito calma, pelo que podem incluí-la nos vossos planos de viagem.

 

 

Nós não ficámos por lá, já que o nosso plano era ir até à Fig Tree Beach, que fica numa baía com o mesmo nome. E, sim, é uma praia rodeada de figueiras! Não é tão calma como a que vos falei anteriormente, e sem aluguer de espreguiçadeira pode ser complicado encontrar um lugar onde sentar, mas nós conseguimos e gostámos muito. Ainda assim, se for demasiado confusa para vocês, há muitas mais praias no seguimento da costa que podem espreitar em busca de um local mais tranquilo.

 

 

Rumámos à Konnos Beach, onde queríamos terminar o dia com uma das experiências mais maravilhosas de toda a viagem. Mas antes de falarmos sobre isso, preciso de vos recomendar o restaurante Spartiatis, no topo da encosta que leva à praia. Foi sem dúvida uma das melhores refeições de toda a viagem, e é o sítio perfeito para comer um bom peixe. Completamente consolados ao nível gastronómico, descemos então até à praia para nadar com tartarugas.

 

 

Atenção, vou tentar explicar da melhor forma, embora não seja certo que as encontrem. Deixam as vossas coisas na Konnos Beach e vão até à pequena praia que fica do lado esquerdo. Podem ir a pé pelas rochas (como as pessoas normais) ou podem ser como nós e fazer tudo a nadar porque não batem bem da cabeça e não percebem as indicações como deve ser. Aí, basta nadar uns bons metros (100, mais ou menos) até à zona onde as tartarugas costumam estar. Nós tivemos a sorte de ver vários barcos a passar e a apontar para elas, o que fez com que soubéssemos mais ou menos onde estavam e conseguíssemos nadar perto delas! Diria que foi uma daquelas memórias que teve a capacidade de ficar logo gravada e em lugar cativo no meu cérebro, sabem?

 

 

 

E são estas as recomendações que tenho para vos dar para as regiões de Nicosia, Agia Napa e Protaras. No próximo (e último) post sobre a viagem a Chipre falar-vos-ei de Paphos e da nossa ida à Península de Karpas, no lado turco. Até lá, contem-me: acharam esta publicação útil? Ficaram com alguma questão que queiram que esclareça? Podem deixar tudo na caixa de comentários!