Expiration Dates, Rebecca Serle
Rebecca Serle é uma das minhas autoras de leitura imediata. Estava louca para ler este Expiration Dates mal ela anunciou o lançamento, e agarrei-me a ele logo no dia em que saiu. Estava à espera de gostar bastante, depois de a autora dizer que era muito parecido com The Dinner List (o meu favorito até agora) e posso dizer que não desiludiu.
Sempre que Daphne conhece um homem — com quem irá ter algum tipo de relação amorosa — recebe um papel com o nome dele e um prazo de validade para o seu tempo juntos, mas tudo muda no dia em que lhe chega apenas um nome, sem data. Esta é a premissa da história e não vou contar mais porque, de uma forma ou de outra, acabo sempre a dar-vos spoilers dos livros da Rebecca Serle.
Vou dizer, isso sim, que me fez pensar sobre a tendência de estarmos sempre em relações e sobre procurarmos nos outros aquilo que deveríamos procurar em nós. Talvez não seja a protagonista dela com que mais me relaciono, mas a verdade é que consegui identificar-me com vários pontos da narrativa — e gostei de ver a abordagem deste livro às relações, sejam de amor ou de amizade.
But life took a detour. And since we veered off course I haven’t spent a lot of time thinking about what I would have wanted if we hadn’t. Does it matter? There is only this life. This very one we are living. And in this one, children never made their way in. I kept expecting them to — to wake up one day ant think: I need this. Now. But it hasn’t happened yet.
Com a Rebecca Serle acontece-me uma coisa que não costuma acontecer muito nas minhas experiências de leitura, que é: eu suspendo completamente as minhas crenças e deixo-me simplesmente ir na história como ela a está a contar. Isso é muito raro, já que há sempre uma parte de mim que tenta compreender o escritor por detrás do livro, que analisa intenções e se preocupa com a forma como as coisas estão pensadas. Como consequência disso, acho que acabo por ser mais surpreendida pelos twists da história — e, confesso, sabe muito bem haver autores com que conseguimos ser leitores mais ingénuos.
Isto tudo para concluir que, como sempre, a autora me proporcionou uma leitura 100% de conforto: dá para refletir sobre alguns temas, mas em geral é um daqueles livros para nos deixarmos envolver e para não pensarmos em mais nada. Já leram alguma coisa dela? Se sim, de qual gostaram mais?