By Grand Central Station I Sat Down and Wept, Elizabeth Smart
Gosto muito da história de como este livro me veio parar às mãos: a Fi (oi! 🙋♀️) viu-o e, achando que o título era a minha cara, ofereceu-mo sem saber nada sobre a narrativa. Apaixonei-me de imediato, tanto pelo título como pela capa, mas tive com ele uma das experiências mais frustrantes dos últimos tempos.
Como já fui dizendo: no início não percebi e nada, e no fim acabei como comecei. Acho (mas não tenho a certeza) que By Grand Central Station I Sat Down and Wept conta a história de uma mulher apaixonada por um homem casado, e deste caso amoroso que vai continuando apesar de ser muito mal visto pela sociedade. Uma coisa é certa: para um livro publicado em 1945, com uma grande carga autobiográfica, achei muito corajosa a escolha de protagonista e o facto de mostrar uma perspetiva diferente da mulher.
Perhaps I am his hope. But then she is his present. And if she is his present, I am not his present. Therefore, I am not, and I wonder why no-one has noticed I am dead and taken the trouble to bury me. For I am utterly collapsed. I lounge with glazed eyes, or weep tears of sheer weakness.
Em grande parte fez-me lembrar The Bell Jar, de Sylvia Plath, pelo menos nas temáticas e na personalidade depressiva desta mulher narradora. O meu grande problema foi mesmo esta escrita intrincada e difícil, que é mais poesia do que prosa. Não esperem uma história com princípio meio e fim, mas antes reflexões sobre vários momentos da relação entre este homem e as duas mulheres que fazem parte da vida dele, sempre vistas do ponto de vista da amante. Sinto que perdi muitas das mensagens deste livro por não ter conseguido ficar à vontade com a escrita, mas ainda assim fiquei curiosa com a poesia de Elizabeth Smart — pode ser que consiga compreender um bocadinho melhor o que quis dizer com o que escreveu.
Quem desse lado já conhecia este livro ou a autora?