Six Days in Rome, Francesca Giacco
Tinha este livro debaixo de olho há algum tempo, principalmente porque tinha um blurb na capa que comparava a escrita da autora à de Sally Rooney — e vocês sabem que eu não resisto a essa comparação. Trouxe-o comigo da viagem a Edimburgo, no ano passado, e só agora decidi pegar nele. Apesar de não ser tão Sally Rooney quanto prometia, não posso dizer que tenha sido uma má experiência.
Emilia é americana e acabou de chegar a Roma para passar seis dias, uma viagem que, rapidamente percebemos, era suposto ser feita com o seu ex-namorado, mas que agora terá de enfrentar sozinha. Vamos, enquanto leitores, acompanhando as coisas que faz durante esses dias na capital italiana: o que faz, os monumentos que vê, aquilo que come, as atividades. Ao mesmo tempo, Emilia leva-nos pelos pensamentos que lhe vão passando pela cabeça ao longo dos dias — é mesmo como se estivéssemos dentro da cabeça dela e simplesmente seguíssemos os seus raciocínios. É assim que vamos tendo acesso ao passado da protagonista: da relação amorosa que terminou, às dinâmicas familiares que fizeram dela a pessoa que é no presente da história.
And, with a slight left, there it is. All this space suddenly, exhale. Butter yellow buildings, with their faded blue windows. Some apartments have flower boxes, some are bare. If it were a little darker, I’d be able to see inside.Spectacular things in Rome can just happen like this, with no warning. Around a non-descript building, a gorgeous slap in the face.
É um daqueles livros sem grande enredo. Sim, é certo que a determinado momento aparece um americano que mora em Roma, e com quem Emilia acaba a ter um caso, mas é uma narrativa muito mais centrada nas reflexões da personagem principal. Para mim, mais do que isso, Six Days in Rome é uma ode à cidade de Roma, uma espécie de guia não-turístico que consegue capturar muito bem a essência daquele local. Não posso dizer que seja memorável, mas já valeu a pena por me fazer viajar durante umas horas.
E vocês, já conheciam a autora? Que outros livros que transformam as cidades em personagens me recomendariam?