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Rita da Nova

Sex | 10.11.23

This is the Story of a Happy Marriage, Ann Patchett

Há muito tempo que não ficava tão obcecada por alguém como estou pela Ann Patchett, mas em vez de tentar combater vou só aceitar e ler tudo o que ela alguma vez escreveu. Depois de Tom Lake e de These Precious Days, sabia que queria muito ler o primeiro livro de crónicas dela — This is the Story of a Happy Marriage.

 

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O livro reúne textos que a autora foi publicando em diferentes jornais e revistas, bem como alguns escritos especificamente para a coletânea. Tal como acontece em These Precious Days, há um equilíbrio muito bem feito entre crónicas sobre a vida pessoal e crónicas sobre escrita, mas as minhas favoritas são as que acabam por juntar as duas coisas. Afinal, é difícil para um escritor separar o que é vida e o que é escrita.

 

Sometimes love does not have the most honorable beginnings, and the endings, the endings will break you in half. It’s everything in between we live for.

 

The Getaway Car e This is the Story of a Happy Marriage são as duas crónicas mais conhecidas — já foram até publicadas em livro separadamente —, mas há outras tão boas ou melhores. The Bookstore Strikes Back, sobre o processo de abrir uma livraria independente, reacendeu a minha vontade em ser dona de uma livraria um dia; Dog Without End, sobre a morte da sua cadela Rose, fez-me chorar que nem um bebé por imaginar que um dia posso ficar sem os meus gatos; e Love Sustained, em que Ann fala da relação com a avó, emocionou-me bastante também. Isto para falar apenas das que me lembro assim que penso no livro, porque todos os textos me fizeram conhecer ainda melhor esta escritora e confirmar a minha paixão.

 

O único problema — que não o é realmente — foi ter lido This is the Story of a Happy Marriage depois de These Precious Days, porque senti que repetia alguns temas ou partes de histórias. Recomendo que leiam por ordem de publicação, até porque a própria Ann Patchett diz que encara o segundo como uma espécie de sequela do primeiro, embora sejam ambos livros de crónicas. E sim, recomendo muito o audiolivro narrado pela autora!

 

Acho que o próximo passo é ler The Dutch House (PT: A Casa Holandesa), será que ainda vou lá até ao final do ano?