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Rita da Nova

Seg | 07.08.23

Budapeste // 6 coisas a não perder

Gostava de começar por dizer que o post sobre Budapeste já vem um pouco atrasado — estive lá em Junho, mas só agora consegui ter tempo e espaço na programação do blog para vos falar um pouco desta viagem. Não foi a minha primeira vez na cidade, visto que já lá tinha estado em 2012, quando fiz um Interrail pela Europa de Leste e, curiosamente, na altura em que comecei este blog.

 

budapeste.jpg

 

Passaram mais de dez anos e, como é natural, notei algumas diferenças na cidade. Por exemplo: da primeira vez, não tinha ficado com a impressão de os húngaros serem tão maldispostos e brutos. Mas, por outro lado, visto que tinha ido no Inverno, também não tinha conseguido ir a tantos pontos, nem ver tanta coisa. Budapeste continua muito bonita, é uma cidade que impressiona pelas dimensões de tudo: o Parlamento é enorme, as pontes são magistrais, os edifícios são todos imponentes.

 

O melhor que há a fazer para conhecer todos os locais emblemáticos, é apostar em free walking tours. Nós fizémos duas: uma mais geral, logo no dia em que chegámos, e uma mais focada do bairro judeu e nas sinagogas — há ainda uma tour centrada na história comunista de Budapeste, que podem ver se se enquadra com os vossos gostos. Uma vez que estes lugares mais típicos são facilmente encontrados em qualquer pesquisa rápida no Google, decidi que este post traria seis coisas que podem não ser tão publicitadas e que, para mim, valeram muito a pena:

 

1. Mini estátuas

Acho que não estão a perceber, eu estava obcecada com estas mini estátuas. Os meus amigos já gozavam comigo porque eu fazia uma festa de cada vez que encontrávamos uma, mas são demasiado amorosas para não andar em busca delas. Além disso, é como se os passeios pela cidade se transformassem numa pequena caça ao tesouro, sabem? As estátuas são criadas e instaladas pelo artista Mykhailo Kolodko e têm ligação com vários momentos e episódios da história da cidade. Podem encontrar um mapa com algumas delas nesta página.

 

 

 

2. Termas

Está bem, as termas são das coisas mais conhecidas em Budapeste e eu tinha dito que ia falar de atrações menos faladas — eu sei, eu sei! Porém, se escolho falar delas aqui, é porque sinto que realmente valem a pena e que não são só um chamariz turístico que depois não vale o dinheiro. Optámos por ir a duas termas diferentes, mas há muitas mais na cidade. As primeiras foram as Termas Gellért, que ficam na zona de Buda, logo depois de atravessarem a Ponte da Liberdade. Foram, sem dúvida, as mais bonitas — é como se estivéssemos permanentemente num filme do Wes Anderson. São também as termas mais conhecidas e umas das mais antigas da cidade.

 

 

Para termos uma experiência diferente (e termo de comparação), reservámos também as Termas de Széchenyi, que ficam um pouco mais longe do centro da cidade. São bastante maiores e a zona envolvente merece um passeio antes ou depois de se irem pôr de molho. Também são bonitas, mas achei-as mais confusas e não tão impressionantes quanto as Gellért.

 

 

 

3. Bares em ruínas

Aqui está um sítio onde notei uma grande diferença em comparação com a minha primeira visita a Budapeste. Os bares em ruínas foram contruídos em edifícios devolutos por estudantes, que precisavam de um sítio mais barato para beber um copo ou sair à noite, mas foram, simultaneamente, muito afectados pela pandemia e pelo turismo. Ou seja: os poucos que sobreviveram à Covid-19 são agora visitados por muita gente e já se tornaram locais turísticos — lembra um pouco o que aconteceu à nossa LX Factory, em Lisboa. Ainda assim, não deixa de ser interessante fazer uma visita ao Szimpla Kert, que continua a ser o mais conhecido.

 

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4. Casa do Terror

Este museu é capaz de não ser a praia de toda a gente, mas se gostam de visitar locais onde podem aprender um pouco mais sobre História (sobretudo se for sobre desgraças), então valerá a pena investigarem este. Ocupa um edifício que funcionou como sede do partido Nazi e, anos mais tarde, como sede de organizações comunistas — ou seja, agrega dois períodos muito negros do passado da Hungria e é sobre isso que é a exposição. Só gostava que houvesse mais explicação em inglês junto de alguns dos objectos expostos, porque sinto que perdi alguma informação, mas em geral gostei bastante da experiência.

 

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5. Ilha Margarida

Nem sequer me recordava da existência desta ilha no meio do Danúbio, até porque na primeira viagem a Budapeste estive apenas um dois ou três dias, então desta vez não quis perder a oportunidade de visitar. É, essencialmente, um grande parque onde as pessoas vão fazer piqueniques ou passear — no fundo, é como se escapássemos da cidade durante algumas horas e ficássemos apenas no meio da natureza. Também tem uma espécie de quinta pedagógica com vários animais, como veados e cavalos, que vale a pena espreitar!

 

 

6. Mini roteiro de livrarias

É impossível fazer uma viagem sem pesquisar algumas livrarias e esta não foi excepção! Parecendo que não, ainda há alguma variedade de livrarias com livros noutras línguas que não húngaro, e depois de alguma pesquisa lá escolhi as que acabei por visitar. As minhas duas favoritas foram a Massolit Books, a Best Seller Books e a Atlantisz Publishing House & Bookstore, porque são mais pequeninas, mas têm um ambiente familiar e bastante oferta dentro de vários géneros. Na Rákóczi út, uma avenida grande e bastante central, encontram três livrarias seguidas: a Libri, a Bookline e a Fókusz. Estas têm menos oferta em inglês, mas dá para uma visita rápida e para ver as edições húngaras dos livros.

 

massolit-books-budapeste.JPG

 

 

Espero que este post seja útil de alguma forma e que, caso escolham ir visitar Budapeste, seja uma boa experiência! Já sabem que vão ter de ignorar a má disposição dos húngaros, mas tudo se faz. Há por aí quem tenha planos para viajar para esta cidade brevemente? Podem deixar as vossas questões nos comentários que, se souber ajudar, responderei com todo o gosto.