Good Company, Cynthia d’Aprix Sweeney
Acho que vi Good Company, de Cynthia d’Aprix Sweeney, pela primeira vez numa Fnac e fiquei logo fascinada com a capa. Porém, como era a edição maior e mais cara, fui esperando para o comprar e até estava convencida de que iria acabar por lê-lo no Kobo. Corta para a nossa última ida a Nova Iorque, em Setembro, quando vi um exemplar ligeiramente mais pequeno e barato na Shakespeare and Company — não deu para resistir.
Este livro acompanha duas amigas, Flora e Margot, ambas actrizes. Com a aproximação aos 50, nenhuma delas tem a vida que sonhava — Flora contentou-se em fazer dobragens e viu-se obrigada a mudar de Nova Iorque para Los Angeles, com o propósito de criar a filha com melhores condições; Margot tem uma carreira de sucesso, mas o casamento está longe de ser perfeito.
A história começa quando Flora encontra a aliança do marido guardada num envelope, numa gaveta entre várias tralhas, aliança essa que estaria perdida há anos. Este evento é o mote para que Flora desenterre uma série de coisas do passado, nomeadamente da companhia de teatro que fundou em conjunto com o marido e Margot — a Good Company. É um livro mais centrado no desenvolvimento de personagens do que num enredo cheio de reviravoltas, que explora a maneira como as amizades e os casamentos nascem e se desenvolvem ao longo dos anos.
Flora put the photo in the pocket of her sweater and took a minute to savor her triumph — because this was what Flora did. In the division of labor, emotional and otherwise, that was their marriage, Flora was the finder of lost things.
Gostei muito que a autora fosse mudando a perspectiva a cada capítulo, assim foi possível ir sabendo mais sobre as personagens. Não tendo achado que estivesse escrito da forma mais bonita ou poética do mundo, a verdade é que Good Company se lê bastante bem e entretém, sobretudo se gostarem de dramas familiares e histórias sobre pessoas que podiam muito bem ser reais.
Já tinham visto Good Company por aí?