Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rita da Nova

Qui | 17.11.22

A Single Man, Christopher Isherwood

Se ouvem o Livra-te saberão que A Single Man, de Christopher Isherwood, não é novidade por estes lados. Quando estive em Edimburgo da última vez, em Dezembro, trouxe um blind date with a book para a Joana e foi assim que contactámos com este livro pela primeira vez. Recentemente, trouxe uma versão para mim de Nova Iorque — com uma capa muito bonita — e decidi lê-lo entre livros maiores.

 

a-single-man-christopher-isherwood.JPG

 

A Single Man passa-se durante 24h e acompanha um dia de George — um homem gay de meia-idade e professor na Universidade. À medida que acompanhamos a rotina que George tenta manter, vamos compreendendo que passou recentemente pela morte do seu namorado e que ainda está a tentar lidar com o luto e com o espaço vazio que Jim deixou em casa e na vida. Gostei sobretudo do início do livro, quando George acorda e é mais um dia numa casa que era dele e de outra pessoa, mas que agora é só dele. Sobram as memórias, mas mesmo assim isso não é suficiente.

 

But now isn’t simply now. Now is also a cold reminder: one whole day later than yesterday, one year later than last year. Every now is labeled with its date, rendering all past nows obsolete, until — later of sooner — perhaps — no, not perhaps — quite certainly: it will come.

 

É uma daquelas histórias em que o que importa realmente é aquilo que vamos aprendendo sobre as personagens: o que elas nos dizem e, acima de tudo, o que não dizem, mas demonstram. Sofri um pouco com o ritmo do livro, não vou negar. É bastante lento e, na maior parte do tempo, senti que não se estava a passar nada de especial. Mas agora, enquanto tento descrever o livro e falar do que gostei e do que não gostei, percebo que a personagem do George ficou mais comigo do que eu esperava.

 

Está editado pela Quetzal como Um Homem Singular e, se não estiverem completamente confortáveis com o inglês, recomendo que experimentem a tradução. Uma vez que foi escrito nos anos 60, podem sentir uma escrita um pouco menos fluída, mas só custa no início. Vamos lá saber: ficaram com curiosidade de ler?