Islândia // South Coast (dia 2)
Se o nosso primeiro dia na South Coast da Islândia já se tinha provado ventoso, no dia seguinte fomos confrontados com uma verdadeira tempestade — os ventos pioraram e choveu intensa e constantemente. Foi claro para nós que teríamos de conduzir com cuidado e que, provavelmente, não seria possível fazer as coisas como tínhamos planeado, mas fomos na mesma.
A nossa primeira paragem era em Fjaðrárgljúfur, um desfiladeiro que parece lindíssimo em todas as fotografias que andam pela internet, mas que estava totalmente diferente quando o visitámos. As águas estavam meio lamacentas e o percurso foi parcialmente cortado mal chegámos — o caminho estava tão escorregadio, que os guardas tinham receio que fosse perigoso para os visitantes. Ficou uma experiência pela metade, mas antes isso do que sairmos de lá magoados.
Saímos foi completamente encharcados, mesmo que tenhamos estado vinte minutos no máximo fora do carro. Tentámos ir ao ponto seguinte que tínhamos planeado, a Rauðárfoss, mas demos com o percurso pedonal fechado. Embora na altura tenha sido um pouco frustrante, a verdade é que os guardas responsáveis por estes percursos são muito cuidadosos e agem imediatamente, fechando os caminhos para que não haja aventureiros a pôr a vida em risco.
Decidimos por-nos, então, a caminho da zona de Skaftafell, para vermos a Svartifoss e, se possível, alguns dos glaciares. O caminho demora cerca de uma hora, pelo que, quando chegámos, apanhámos um momento de calma na tempestade. Tinha deixado de chover, então almoçamos uns wraps no carro e pusemo-nos a caminho, antes que o mau tempo regressasse. Acabámos por fazer o percurso circular que nos leva à cascata e de regresso ao parque de estacionamento, e soube mesmo bem poder andar sem estar a chover.
Porém, foi literalmente sol de pouca dura. Quando quisemos continuar e visitar a lagoa do glaciar Fjallsárlón, encontrámos mais um percurso fechado. Decididamente não era o melhor dia para explorar locais que exigissem algum tempo de caminhada, então fomos directamente à Diamond Beach, um dos meus locais favoritos de toda a viagem — só tive pena que estivesse um tempo tão encoberto, devia ser ainda mais bonito. Essencialmente, grandes pedaços de gelo descem do glaciar e vêm “encalhar” na praia de areia preta, dando a impressão de que estamos perante diamantes gigantes.
Nessa noite decidimos ficar a dormir no Viking Café, onde nos tinham recomendado que começássemos a aventura do dia seguinte, então fomos fazer check-in para trocar as roupas encharcadas e descansar um pouco da chuva constante. Também nos tinham dito que a pizzaria Ishusid, em Höfn, era incrível, então quisemos ir experimentar. Só que, como aquele não era mesmo o nosso dia, estava fechada para férias de Páscoa. Acabámos a jantar no Pakkhus, mesmo ao lado, e soube-nos bastante bem — apesar dos preços proibitivos, pareceu-nos bem mais em conta do que a refeição que havíamos feito em Reykjavik à chegada.
Não se assustem, que o dia seguinte foi a prova de que “depois da tempestade vem a bonança” e fomos brindados com bom tempo que se manteve até ao final da viagem. A zona dos Eastfjords fica para o próximo post e, atá lá, já sabem que podem usar a caixa de comentários para deixar todas as vossas dúvidas.