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Rita da Nova

Qui | 28.04.22

Reminders of Him, Colleen Hoover

Estava tão, mas tão entusiasmada por ler o mais recente livro da Colleen Hoover, Reminders of Him, que até me custa dizer o que achei sobre ele, mas tem de ser. Aliás, demorei algum tempo a escrever esta review, até fui de férias entre o momento em que o li e aquele em que escrevo, e ainda me faltam as palavras certas para o descrever.

 

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Comecemos pelo enredo, para vos enquadrar: depois de cinco anos na prisão por um acidente que esteve fora do seu controlo, Kenna regressa à cidade onde tudo aconteceu e onde mora a filha de quatro anos, com o objectivo de recuperar o tempo perdido e ter um papel na vida dela. Porém, os avós paternos de Diem (sim, chama-se assim por causa da expressão Carpe Diem 🤢), que têm a guarda dela, não dão qualquer tipo de abertura para que Kenna se aproxime da filha. Só Ledger, dono de um bar (claro), parece ver um lado dela que mais ninguém vê — e isso pode ser bom, mas também pode complicar tudo.

 

Maybe it doesn’t matter whether something is a coincidence or a sign. Maybe the best way to cope with the loss of the people we love is to find them in as many places and things as we possibly can. And in the off chance that the people we lose are still somehow able to hear us, maybe we should never stop talking to them.

 

Nossa, Colleen, eu simpatizo contigo, mas era mesmo preciso uma história com tantos clichés? Genuinamente senti que tudo aconteceu à pressa, que as pessoas se apaixonam de um momento para o outro, que tanto se odeiam como se perdoam, que o desenvolvimento das personagens não faz qualquer sentido. Obviamente que tem passagens bonitas, porque a autora escreve bem, mas nada na narrativa me convenceu, soou-me tudo a white trash e não tive vontade de torcer por ninguém.

 

E apesar disto, estranhamente, não conseguia parar de ler — talvez fosse a esperança de que tudo se tornasse um bocadinho melhor, talvez fosse o facto de este livro ter todo uma vibe de reality show, de desastre na estrada para o qual é impossível não olhar. Não vos quero demover de o ler, porque pode ser a vossa praia, mas claramente não foi a minha. Sinto que a Colleen tem muito potencial, mas eu gostava mais que se agarrasse às experiências dentro de outros géneros como fez com Verity e Layla, porque claramente este caminho do romance-dramático-só-porque-sim não me convence.

 

A pergunta que se impõe é: devo arriscar e ler November 9, que tenho cá em casa, ou é mais disto? Ajudem-me!