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Rita da Nova

Qui | 21.04.22

The House in the Cerulean Sea, TJ Klune

Se há livros que são um abraço, The House in the Cerulean Sea, de TJ Klune, é um abraço prolongado no meio de mantas muito quentinhas. Começo por dizer que a fantasia não é um género onde costume sentir-me muito confortável, mas este livro recebeu-me bem desde o primeiro capítulo — e não deu para não me apaixonar por tudo.

 

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Linus Baker é funcionário do Department in Charge Of Magical Youth, sendo uma espécie de assistente social junto de orfanatos que albergam crianças com capacidades mágicas. Além de ser bastante solitário, é tem também bastante brio no trabalho que faz — para ele, o mais importante é seguir as regras que vêm nos manuais do Governo. Mas esta rotina é abalada quando é convocado para avaliar a segurança e qualidade de um orfanato muito especial.

 

No Orfanato de Marsyas conhece, então, crianças muito diferentes, mesmo para quem está habituado a lidar com magia — entre elas o Anti-Cristo. Mais importante do que isso, conhece Arthur Parnassus, o homem responsável por cuidar daquelas crianças. O resto é uma história que terão de descobrir lendo o livro, mas prometo que vale a pena. Se é ligeiramente previsível? É. Se deixei de adorar a experiência de leitura por causa disso? De todo. Aliás, sinto que a beleza está na relação entre as personagens e na escrita de TJ Klune.

 

Humanity is so weird. If we’re not laughing, we’re crying or running for our lives because monsters are trying to eat us. And they don’t even have to be real monsters. They could be the ones we make up in our heads. Don’t you think that’s weird?

 

Em jeito de conclusão, The House in the Cerulean Sea um livro mesmo muito querido, que toca em vários temas importantes de forma aparentemente simples: fala sobre amor, sobre a diferença, sobre luta contra preconceitos. Mesmo sendo mais associado a um público young adult, eu acredito que qualquer pessoa se vai apaixonar por esta história — e vão certamente conseguir identificar-se com pelo menos uma das personagens.

 

Se ainda não vos convenci, então imaginem que este livro é a mistura perfeita entre A Man Called Ove e Harry Potter... espero que agora já tenham vontade de ler! Para terminar, digo-vos que a versão portuguesa vai sair em Maio, pela Desrotina. Vão querer conhecer esta história tão amorosa?