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Rita da Nova

Qui | 30.09.21

Costa Amalfitana // Dia 1: Maiori, Minori e Ravello

Eu nem acredito nisto: este blog volta às origens com um post sobre viagens! Sim, daquelas para fora do país. Sim, com roteiro para ser partilhado aqui. Meu Deus, não caibo em mim de feliz por poder partilhar novamente as minhas experiências em viagem e, quem sabe, inspirar-vos a conhecer também o destino onde escolhi entrar nos 30 – a Costa Amalfitana, em Itália. Desta vez fui com duas amigas (Ciao, Márcia e Joana! 🙋‍♀️), por isso esperem também ver aqui pelo blog algumas das fotografias que elas tiraram. 

 

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Sem mais demoras, vamos lá falar de viajar para a Costa Amalfitana: 

 

O que fazer antes de ir:

Como estamos todos um pouco desabituados desta coisa de viajar e, agora, há uma série de restrições ou passos a cumprir antes de ir, vamos começar por falar um pouco da preparação prévia que é necessária. Não se preocupem: se estiverem vacinados e tiverem o respectivo certificado digital, não vão precisar de fazer teste PCR antes (⚠️ Estas informações referem-se ao que estava em vigor em Setembro de 2021, mas podem alterar-se a qualquer momento, pelo que convém pesquisarem antes de marcar. ⚠️) No nosso caso, foi apenas necessário ter o certificado sempre connosco no momento de despachar as malas no aeroporto e ao passar a segurança. 

 

Paralelamente, vão precisar de preencher um formulário de localização – a versão italiana para a ida, a versão portuguesa para o regresso. Com ambos, o objectivo é detectar potenciais cadeias de transmissão da Covid-19, caso vocês ou alguém que viajou perto de vocês fiquem infectados. No que diz respeito à necessidade de terem convosco o certificado de vacinação e/ou o teste PCR negativo para entrar em hotéis, restaurantes ou museus, posso dizer-vos que apenas nos pediram para entrar nas Ruínas de Pompeia e num restaurante em Sorrento (neste apenas perguntaram se tinha, nem sequer pediram para ver). 

 

 

Como ir e onde dormir:

A Costa Amalfitana fica numa península alguns quilómetros a sul de Nápoles e há várias formas de se deslocarem até lá. Como os voos para Roma estavam bastante mais baratos do que para Nápoles, optei por voar para Roma e alugar um carro para ir até à Costa Amalfitana e ter mais flexibilidade nas deslocações diárias. Antes que se perguntem: sim, é um caos conduzir em Itália, sobretudo nesta zona mais a sul. As estradas da Costa Amalfitana são estreitas e muito sinuosas, e se acrescentarmos a condução dos italianos à equação, nem sempre é simples – mas, honestamente, estava à espera de pior. 

 

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Como estávamos de carro, decidimos dormir sempre no mesmo hotel em Sorrento, a partir de onde conseguíamos estar facilmente em qualquer ponto da península. Foi uma excelente decisão porque, não só é mais barato do que as cidades mais conhecidas, como Positano ou Amalfi, como tem bons restaurantes para jantar. 

 

 

Maiori, Minori e Ravello:

Foi, então, a partir de Sorrento que começámos o nosso primeiro dia pela Costa Amalfitana – decidimos ir de carro para experimentar e demorámos certa de uma hora e meia a chegar à primeira paragem. Como era Domingo acabámos por ficar algum tempo desnecessário no trânsito, mas, também por isso, optámos por visitar três cidades menos agitadas: Maiori, Minori e Ravello. 

 

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Maiori e Minori são bastante semelhantes e bastante pitorescas. Em Maiori demos uma volta a pé pelo centro e visitámos os Giardini Palazzo Mezzacapo, que naquele dia estavam com convidados para um casamento que tinha acontecido ali mesmo ao lado. Minori foi o local escolhido para almoçar numa esplanada e passar um pouco mais de tempo, com direito a um mergulho na Spiaggia di Minori. Como provavelmente já souberam, grande parte das praias na Costa Amalfitana são privadas, o que significa que pagam em média 25-30€ para um dia de praia com direito a espreguiçadeiras e toldo. Porém, quase todas têm uma zona pública pequena, numa das pontas da praia, onde podem mergulhar e ficar a apanhar sol sem pagar – como o nosso objectivo não era fazer dias de praia completos, optámos sempre por esta via. 

 

 

O nosso fim de dia foi passado por Ravello, uma cidadezinha muito bonita que, ao contrário das outras duas, ganha por estar situada em altura – é o sítio ideal para vistas incríveis da zona costeira. Vale a pena passear pelo centro de Ravello, que é amoroso e bucólico, mas também vale super a pena visitar a Villa Cimbrone. O bilhete custa 7€ e, honestamente, foi do dinheiro mais bem gasto da viagem. Imaginem um cenário Call Me By Your Name… é isso. 

 

 

Regressámos a Sorrento quando o sol já se estava a pôr e foi muito bonito percorrer as estradinhas da Costa Amalfitana de noite, com o reflexo da lua no mar e as luzinhas das casas nas encostas. No dia seguinte decidimos experimentar o autocarro que percorre toda a zona para conhecer Amalfi, o Fiordo di Furore e Positano, mas sobre isso falo-vos para a semana. Já sabem: podem deixar as vossas dúvidas sobre a viagem na caixa de comentários!

Qua | 29.09.21

O avesso da pele, Jeferson Tenório

Não sei porquê, mas não tenho por hábito ler autores brasileiros, muito menos os contemporâneos. Depois de me ter cruzado com O avesso da pele, de Jeferson Tenório, só me apetece entrar numa máquina do tempo e obrigar-me várias vezes a escolher escritores brasileiros. A verdade é que pode ser desconhecimento meu sobre novos autores do Brasil – e, por isso, peço a vossa ajuda e sabedoria para me sugerirem alguns. 

 

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Pedro, o nosso narrador, conversa com o pai ao longo das páginas deste livro – agora que o pai faleceu, é o filho que nos leva a conhecer o percurso dele. Ao mesmo tempo que nos leva a explorar o poder das relações entre pais e filhos, o escritor entra numa reflexão profunda sobre a raça e a forma como esta define e limita aquilo que somos. 

 

Somente da delegacia as coisas foram esclarecidas: você havia sido confundido com um bandido. (Acharam que tinha roubado um boné daqueles moleques.) E ser confundido com bandido vai fazer parte da sua trajetória. E você vai custar a compreender por que essas coisas acontecem. 

 

Além da melodia do português do Brasil – acho tão mais bonito e musical do que o nosso –, uma das coisas de que mais gostei foi, precisamente, a forma como a questão racial é introduzida e desenvolvida no livro. É um livro sobre desigualdade racial, sim, mas bem feito, porque a forma como se materializa faz parte da vida destas personagens como se elas fossem reais. 

 

É necessário preservar o avesso, você me disse. Preservar aquilo que ninguém vê. Porque não demora muito e a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo. 

 

Este é um daqueles livros que traz doses generosas de empatia, por isso é perfeito para quem gosta de fazer o exercício de se colocar nos pés dos outros – nunca se esqueçam que a literatura tem o poder de nos ajudar a fazê-lo. Enquanto escrevia sobre este livro apercebi-me de que os direitos foram vendidos para uma adaptação ao cinema, por isso vou ficar atenta. Desse lado, conheciam o autor e o livro? 

 

Se ficaram com vontade de ler e têm Kobo, vão deitando um olhinho ao meu Instagram porque haverá novidades no giveaway mensal em parceria com a Fnac Portugal e a Kobo! 👀

Ter | 28.09.21

Uma Dúzia de Livros // Outubro: um livro assustador

Era impossível terminarmos o mês de Setembro sem vos falar do que temos reservado para o Uma Dúzia de Livros. Acreditam que estamos quase a entrar no último trimestre do desafio? Eu não, mas por outro lado fico super feliz por continuar a ter-vos desse lado – acreditem que, apesar de pouco activa no nosso grupo no Goodreads, estou atenta a tudo. 

 

UMA-DUZIA-OUTUBRO.png

 

Com a chegada de Outubro, não dava para não puxar um bocadinho à vibe spooky do Halloween e trazer um tema que, pelo menos para mim, promete ser bastante desafiante. A ideia é lermos um livro assustador, sendo que “assustador” significa coisas diferentes para cada um de nós. É que eu sou tão cagadinha, que basta um ou outro momento de suspense num livro, filme ou série para começar com palpitações. Mas o Uma Dúzia de Livros também é isto, não é? Uma oportunidade para nos desafiarmos e lermos coisas que normalmente não leríamos (isto sou eu a convencer-me). 

 

Provavelmente vou pedir ajuda ao Guilherme para escolher o livro de Outubro, mas há imenso tempo que ando com o Drácula debaixo de olho. De qualquer das formas, fiz a pesquisa habitual e trago algumas ideias para quem ainda não sabe bem o que escolher: 

 

> 33 Best Halloween Books for a Spooky Night In, do site da Oprah;

> Listas de livros para o Halloween, do Goodreads;

> 9 livros de terror que vão assombrar o teu Halloween, da revista Estante da Fnac. 

 

Estou curiosa: também são medricas como eu ou gostam de entretenimento spooky? Contem-me tudo nos comentários, bem como as vossas leituras para Outubro! 👻

 

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Ainda não sabes o que é o Uma Dúzia de Livros?

É uma mistura entre clube e desafio de leitura onde, a cada mês, lemos um livro dentro de um tema. Cada pessoa tem liberdade para escolher o livro que melhor se encaixa em cada mês e temos um grupo no Goodreads onde vamos trocando impressões sobre as nossas leituras. Vêm sempre a tempo de se juntar!

Qui | 23.09.21

30 coisas que aprendi antes dos 30

Faço hoje trinta anos e ainda não sei bem o que sinto em relação a isso. Se por um lado estou entusiasmada por entrar numa nova fase da minha vida, por outro também tenho receio que o tempo esteja a passar depressa de mais. Mas chegar aos trinta dá-me a oportunidade de olhar para tudo o que se passou até agora, para todas as coisas que vivi. Esse balanço é importante porque me mostra que, mesmo que o tempo passe de facto depressa de mais, os anos que passaram vieram acompanhados de coisas boas e aprendizagens. 

 

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Por isso mesmo, nada como sentar-me comigo mesma e pensar em trinta coisas que aprendi antes dos trinta. Ao início custou, até achei que tinha aprendido pouquíssimo, mas assim que desbloqueei foi complicado parar. Como tudo na vida, foi uma questão de perspectiva. Fiquem com as minhas trinta aprendizagens: 

 

#1 // A vida é mais curta do que achamos. 

Eu sei que isto parece bastante trágico para começar, mas quanto mais vivemos, mais pessoas e oportunidades perdemos. Nestes meus últimos anos na casa dos vinte percebi a necessidade de começar a arriscar mais, a procurar o que realmente me faz feliz porque o tempo não pára e não vale a pena viver com arrependimentos. 

 

#2 // A idade adulta é perfeita para fazer novos amigos. 

Cresci a ouvir dizer que os amigos da escola e da faculdade seriam os que levaria para vida – e apesar de ter trazido comigo os melhores amigos dessa altura (poucos, mas bons), tenho aprendido que as amizades na idade adulta são muito mais profundas. Acho que é porque nos aproximamos apenas de quem realmente queremos, de pessoas com que nos identificamos ou com quem sentimos uma conexão verdadeira. 

 

#3 // O amor só é amor se nos libertar. 

Bom dia, Gustavo Santos. Mas vá, até que é verdade. Passei o início dos meus vintes em relações que me limitavam porque eu queria sempre corresponder ao que achava que o outro precisava. Evitava coisas que sabia que não gostavam, procurava aproximar-me de um ideal que nem era bem só eu a criar, mas que estava mais na minha cabeça do que outra coisa qualquer. Meio estranho, não é? Quando conheci o Guilherme, tudo mudou – gostamos tanto um do outro, que o nosso objectivo é dar espaço e condições para que o outro seja o que quiser ser. 

 

#4 // O meu corpo é mais feliz se estiver forte. 

Não conheço nenhuma mulher que não tenha tido, a certa altura da sua vida, problemas na forma como se vê. A certo ponto, o nosso corpo pode parecer um inimigo – tudo seria tão mais fácil se ele fosse diferente, mais isto, menos aquilo. Também houve momentos em que me deixei cair nessa espiral de dúvida e de necessidade de culpar o meu corpo pelo que estava errado à minha volta, mas nada bate a sensação de sentirmos que o nosso corpo nos devolve o amor que lhe damos. 

 

#5 // O trabalho não é uma segunda família (nem é suposto que seja). 

É bom sermos felizes no local de trabalho e fazer amizades que levamos para fora do escritório, mas também é bom e saudável conseguir desligar de tudo isso quando chegamos a casa (ou desligamos o computador, no caso do teletrabalho). Ninguém é insubstituível e isso é a maior paz que alguém pode ter no local de trabalho. 

 

#6 // É OK falhar. 

Eu fui uma criança e uma adolescente irritantemente perfeccionista. A ideia de falhar deixava-me ansiosa e, muitas vezes, bloqueava-me a acção (se eu não fizer, nunca vou errar). Não sei quando se deu o clique, mas a certa altura percebi que ninguém me levava tanto a sério quanto eu. E isso leva-me ao próximo ponto: 

 

#7 // Não vale a pena estar tão preocupada com o que os outros acham de mim. 

Porque, na maior parte das vezes, eles estão mais preocupados com o que os outros acham deles. 

 

#8 // É importante pôr protector solar TODOS OS DIAS.

Não apenas quando vamos para a praia ou está um dia de calor abrasador. Todos os dias. A vossa pele vai agradecer! 

 

#9 // É na boa afastar-me de pessoas que não me trazem nada de bom.

Sim, incluindo a família. Aliás, sobretudo se for família. Aprendi da pior forma que o sangue ou o ADN não diz nada sobre a dedicação ou o amor que as pessoas da mesma família têm umas pelas outras. Custa cortar relações com alguém que supostamente deveria sentir amor incondicional por nós (e vice versa)? Claro. Mas também é certo que não escolhemos a família em que nascemos, nem conseguimos controlar os sentimentos e as atitudes dos outros. 

 

#10 // Não há mal nenhum em experimentar alguma coisa e não gostar. 

Ou em estar constantemente em busca de experimentar coisas novas. Caramba, se não o fizermos agora, quando vamos fazer? 

 

#11 // Podemos adiar tudo, menos as consultas de rotina. 

Não sou “demasiado nova” para que alguma doença grave tome conta do meu corpo. A saúde tem que estar em primeiro lugar – e sim, estou a falar de saúde mental também. 

 

#12 // Há sempre tempo para o que realmente queremos. 

Não, o tempo não estica, mas não podemos refugiar-nos nele e usá-lo como desculpa para não avançar com os nossos projectos, para não estarmos com as pessoas de quem gostamos, para não fazermos coisas que realmente nos fazem felizes. 

 

#13 // É bom fazer as coisas com amor, mas também é bom fazer com ódio. 

Sou uma grande apologista da raiva como catalisador e acho que não há nada de errado em ficar irritada com alguma coisa. Foi só preciso aprender a aceitar as partes boas que podem advir de senti-la. 

 

#14 // Não há mal nenhum em mostrar vulnerabilidade. 

Obviamente que sou apologista de nos deixarmos ser vulneráveis só com quem sabemos que vai tomar bem conta de nós, perto que de quem não se vai aproveitar da situação. É importante darmos espaço aos outros para cuidarem de nós. 

 

#15 // Fazer terapia é natural e devíamos fazê-lo como manutenção. 

That’s it, that’s the tweet. 

 

#16 // Sabemos como saímos de casa, mas não sabemos como entramos. 

Uma das melhores frases da Avó Rosa e um pedaço de sabedoria que passo agora para vocês. Quem sabe o crush não vem connosco para casa? Ou alguém importante, que não queremos desapontar? A pensar nos imprevistos, nada deixar a roupa suja no cesto e fazer a cama antes de sair. 

 

#17 // Fazer exercício físico pode salvar o dia. 

Ou, no meu caso, definir bem o mood do dia logo desde o início. A Rita de quinze anos iria rir-se se soubesse que um dia ia usar o exercício físico como forma de manter a sanidade mental, mas aqui estou eu, a precisar de me mexer um pouco todos os dias para estar pronta a enfrentar o que vier. 

 

#18 // O tempo que investimos naquilo em que acreditamos não tem que nos ser devolvido. 

Há muito tempo que penso que deveria existir um sistema de reembolso de tempo perdido em coisas que não lembram ao Menino Jesus, tipo filas das finanças ou conversas de circunstância com pessoas com quem não simpatizamos assim tanto. Por oposição, aprendi com o voluntariado com gatinhos que também há momentos em que esse tempo é tão bem investido que nem me queixo de o gastar. 

 

#19 // Figos e dióspiros podem parecer estranhos, mas são incríveis. 

Só comecei a gostar destas frutas no final dos meus vintes, por isso venho aqui dizer-vos para não se deixarem enganar pelas texturas estranhas – arrisquem, vão gostar. Só que os dióspiros têm que ser dos de roer, senão vão ficar com a língua a parecer papel de jornal. 

 

#20 // O nosso caminho podem ser vários. 

Nem sei se esta frase está bem escrita, mas o que eu quero dizer é – se não quisermos casar, se não quisermos ter filhos, se não quisermos ter uma carreira… o que é que nos impede? Vamos mesmo querer chegar a velhos e pensar que não queríamos ter feito nada do que fizemos e dar por nós num caminho que os outros ou a sociedade acharam ser os melhores para nós?

 

#21 // As viagens regeneram, mas voltar a casa acalma. 

Não é surpresa para ninguém que, se pudesse, eu viveria para viajar. Mas se há uns anos fazia planos para estar o menor tempo possível por cá, agora o meu objectivo é um equilíbrio maior entre estar fora e aproveitar o lugar e as pessoas a que chamo casa. 

 

#22 // É sempre melhor dizer o que pensamos. 

Quantas vezes não damos por nós a pensar “devia ter dito alguma coisa”? Já me aconteceu tantas vezes e, em algumas delas, sinto que dizer alguma coisa poderia de facto ter feito a diferença, mas optei por ficar calada por vergonha ou medo. Isto não significa que tenhamos que ser brutos na forma como nos expressamos, há sempre uma maneira positiva de dizer o que achamos. 

 

#23 // Mais livros, menos telemóveis. 

É fácil cair num vórtex de WhatsApp, TikTok e Instagram, sobretudo depois de um dia de trabalho, mas sinto-me mais feliz e realizada desde que diminuí o meu tempo de ecrã e me dediquei à leitura (na realidade pode ser o que quiserem, desde que seja uma actividade analógica). Prometo que até acordam melhor no dia seguinte. 

 

#24 // Endireitar as costas, sempre!

Daqui fala alguém com escoliose, que parece não ter aprendido com isso. Tenho muita tendência a estar torta, mas aprendi da melhor maneira a lembrar-me constantemente de endireitar as costas (obrigada Pai, pelos avisos constantes na adolescência, pelos vistos ficaram registados). 

 

#25 // Tudo acontece por um motivo. 

Ou, pelo menos, gosto de acreditar que sim. Não sei se existe um destino ou uma ordem qualquer no Universo (até tendo a acreditar que não), mas tenho vindo a perceber que fico mais calma se acreditar que, se as coisas não foram como eu idealizava, é porque algo melhor ou diferente está à minha espera mais à frente. E se acreditar nos tranquiliza, por que não?

 

#26 // É tirar das pessoas as coisas boas que têm para nos dar. 

Este ensinamento vem directamente do pai do Guilherme, que eu nunca conheci, mas que tinha uma perspectiva bastante positiva das coisas. A verdade é que nós não conseguimos controlar as acções ou os sentimentos das outras pessoas – e, na realidade, os outros não nos devem nada. O melhor mesmo é tratar os outros como gostaríamos de ser tratados e retirar as partes boas de cada pessoa e situação. Nada mais, nada menos. 

 

#27 // Agradecer e elogiar todos os dias. 

Pode parecer óbvio, mas não é assim tanto. As pessoas nem sempre fazem coisas por nós para serem recompensadas de alguma forma, mas um agradecimento é sempre importante – porque nesse agradecimento conseguimos mostrar que aquela pessoa teve um impacto positivo em nós. O mesmo com os elogios: se alguém está radiante, se é bom a fazer alguma coisa… por que não dizê-lo directamente? 

 

#28 // Andar sempre que for possível. 

Andar é incrível e dá-nos tempo e espaço para observar, põe-nos em contacto com o ar livre e com os nossos pensamentos – organizá-los, ter ideias, deixá-los livres, o que quiserem. Se podemos fazer o caminho a pé, para quê andar de carro ou de transportes?

 

#29 // As coisas podem mudar de um dia para o outro.

E não há grande coisa que possamos fazer em relação a isso. A única coisa que está ao nosso alcance é a nossa reacção e é com ela que podemos e devemos trabalhar. Ainda ando a trabalhar neste ponto, confesso. Às vezes preciso de me forçar a ser mais gentil com os outros e comigo, mesmo quando não sinto as coisas dessa forma e só me apetece reagir com agressividade. 

 

#30 // Por fim: não se esqueçam que viemos ao mundo para sermos felizes. 

Penso nisto todos os dias e tento, em cada um deles, fazer mais coisas que me deixam feliz e gastar menos energia nas que só me consomem. Estar quase a chegar aos trinta é assustador porque penso na quantidade de coisas que não experimentei por medo – mas nós só cá vimos uma vez, não é mesmo?

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