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Rita da Nova

Ter | 29.06.21

The Kiss Quotient, Helen Hoang

Nota mental: fazer por ler sempre as sinopses e investigar um pouco melhor sobre o que são os livros que leio, em vez de achar que sei sobre o que é que são. Não quero com isto dizer que The Kiss Quotient, de Helen Hoang, tenha sido uma má leitura – só não foi completamente aquilo que esperava. 

 

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Stella é uma especialista em Econometria, tem uma mente matemática e algumas dificuldades em socializar com outras pessoas; tudo devido à Síndrome de Asperger, uma das perturbações do espectro autista. Aos trinta anos, tem um histórico fraco no campo amoroso, além de pouco à-vontade para o perseguir. É aí que a sua mente analítica se lembra de contratar um acompanhante, Michael, para a ensinar e estar mais confortável com o seu lado sexual. 

 

This crusade to fix herself was ending right now. She wasn't broken. She saw and interacted with the world in a different way, but that was her. She could change her actions, change her words, change her appearance, but she couldn't change the root of herself. At her core, she would always be autistic. People called it a disorder, but it didn't feel like one. To her, it was simply the way she was.

 

É claro que a narrativa nos leva para o dilema que estas duas pessoas sentem quando começam a perceber que, talvez, a relação já tenha passado os limites do que foi contratado. Stella e Michael começam a perceber que, mesmo não tendo muita coisa em comum, conseguem sentir-se “em casa” quando estão juntos. 

 

Honestamente, achei o enredo bastante previsível do início ao fim e estava à espera que houvesse mesmo aqui um “quociente do beijo”, algo um pouco mais elaborado e que explorasse se o amor pode ser matemático, bastando mudar variáveis para sermos mais ou menos felizes. De qualquer das formas, o livro vale pelas cenas steamy porque consegue não ser vulgar. 

 

Resumindo e concluindo: é leve, lê-se bem, mas não esperem nada do outro mundo (pelo menos eu não achei). Segundo vi, está traduzido para português com o título A Fórmula do Amor. Quem já leu?

Sex | 25.06.21

Casa // Se as paredes falassem (IV)

Se as paredes cá de casa falassem, diriam que até já estavam a achar estranho que não houvesse coisas novas para mostrar. Sabem como é que as coisas são por aqui, não é mesmo? Esta casa será sempre um work in progress, não me parece que vá ficar sempre igual durante muito tempo. 

 

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Com o início do verão apeteceu-me começar a mudar o escritório, espaço onde passei muito tempo nos últimos meses e onde continuarei a trabalhar no futuro – honestamente, já não imagino a minha vida como era antes, a ter que ir para o trabalho todos os dias, com horário marcado. Decidi focar-me sobretudo no cantinho onde antes tinha uma espécie de cabide de pé, e onde agora começa a estar um armário metálico para guardar todas as coisas relacionadas com as minhas plantas e, mais importante, a minha nova prateleira (essa hei-de mostrar com mais pormenor depois). 

 

Senti logo que este espaço precisava de cor e animação, por isso comecei por pendurar umas plantas e o meu novo poster da Desenio (Into the Green No1), para o qual encomendei logo também a moldura para ficar tudo dentro das mesmas cores (preto, madeira clara e branco). 

 

Falando em cor, outro poster que me chamou logo à atenção foi o Pasta Sauce Illustration, que ficou perfeito no meu novo canto favorito da cozinha.

 

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Ainda encomendei dois posters para oferecer a duas amigas – acho que, muitas vezes, não nos lembramos que posters podem ser bons presentes. Para uma foi a fotografia dos Beatles e para outra o La Demoiselle, ambos foram já emoldurados!

 

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Para terminar, tive mesmo que encomendar mais uma capa para o telefone. É feita de 100% desperdício de planta de linhaça e, desta vez, optei pela Life is Peachy, que tem um padrão mais veranil, para ficar tudo mais colorido por aqui. 

 

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É certo que a Desenio tem, de vez em quando, algumas promoções bastante interessantes – aliás, comprei vários destes posters com desconto. Porém, nada como vos darmos um incentivo extra para encherem as vossas paredes de coisas bonitas. Com o código RITADANOVA10 terão 10% extra de desconto até ao dia 5 de Julho (excepto molduras e posters handpicked, personalizados ou em colaboração). 

 

Agora contem-me lá: como estão a preparar a vossa casa para mais uma estação? Vão optar por comprar algo na Desenio? 

 

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Este post foi criado em colaboração com a Desenio. 

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Qui | 24.06.21

Uma Dúzia de Livros // Julho: um livro passado na tua cidade favorita

Ora aqui está mais um tema d’Uma Dúzia de Livros, o primeiro do ano assim mais a puxar ao Verão e às leituras na praia ou piscina – tenho de admitir que são as minhas favoritas, a par das de Inverno com uma manta e chás. Sou uma pessoa de extremos, o que é que se pode fazer? 

 

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Quando idealizei o desafio deste ano e os temais mensais, estava à espera que a esta altura já pudéssemos viajar com um pouco mais de segurança e confiança, mas pelos vistos a coisa complica e descomplica a um ritmo que é difícil de acompanhar. A ideia seria estarmos a ler como companhia de viagens, mas até que não calha mal esta possibilidade de viajarmos sem sair do lugar. Como já perceberam, o tema de Julho é um livro passado na tua cidade favorita e eu estou aqui em pulgas! 

 

É-me difícil escolher uma cidade favorita – entre Turim, Madrid, Porto e Amesterdão, são várias aquelas onde gostava de morar um dia. Porém, se tiver que dizer aquela a que tenho mais vontade de regressar assim que for possível, então a escolha é óbvia: Nova Iorque. E é por isso que vou juntar o útil ao agradável e ler, finalmente, o They Both Die at the End, de Adam Silvera. Comprei-o há uns tempos no Kobo, depois de ter lido boas reviews, mas depois li outras não tão boas e deixei passar. 

 

Não sabendo qual a vossa cidade favorita, deixo-vos alguns artigos com sugestões dentro do tema:

> Books based on a city, do nosso amigo Goodreads;

> Books set in incredible cities, do blog Musement;

> The 10 best city novels, do The Guardian;

> Novels set in famous destinations, do American Express.  

 

Espero que haja por aqui alguma coisa que vos inspire, caso estejam sem ideias. Se já sabem o que vão ler, deixem ali em baixo para eu saber! 👇

 

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Ainda não sabes o que é o Uma Dúzia de Livros?

É uma mistura entre clube e desafio de leitura onde, a cada mês, lemos um livro dentro de um tema. Cada pessoa tem liberdade para escolher o livro que melhor se encaixa em cada mês e temos um grupo no Goodreads onde vamos trocando impressões sobre as nossas leituras. Vêm sempre a tempo de se juntar!

Ter | 22.06.21

Someone Who Will Love You in All Your Damaged Glory, Raphael Bob-Waksberg

Se leram os meus posts sobre as melhores coisas de 2020, certamente que se cruzaram com aquilo que escrevi sobre BoJack Horseman  série que vai ficar gravada no meu coraçãozinho para sempre. Por isso, quando me falaram do primeiro livro escrito por Raphael Bob-Waksberg, criador da série, tive logo que o arranjar no Kobo. 

 

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Someone Who Will Love You in All Your Damaged Glory é um conjunto de contos, crónicas e textos avulsos, que partilham um tema geral – a maneira como amamos os outros e acabamos por sofrer com isso. Nada que não esperássemos deste senhor, não é mesmo? É certo que não adorei todos os textos da mesma forma, mas se tiver que escolher os meus favoritos, então são: Missed Connection, um conto que se passa todo no metro; Lies We Told Each Other, uma lista de várias mentiras que, entre si, criam uma pequena história; The Serial Monogamist’s Guide to Important New York City Landmarks, a história das diferentes relações de uma personagem contada através de diferentes locais da cidade; e Rufus, o amor e a desilusão contados pela perspectiva de um cão. 

 

And I thought about how, actually, if you wanted to, you could say the same thing about life. That life is terrifying and overwhelming and it can happen at any moment. And when you’re confronted with life you can either be cowardly or you can be brave, but either way you’re going to live. So you might as well be brave.

 

Podem esperar bastante humor, sarcasmo, tristeza, amor e até algum surrealismo desta colectânea de textos – mesmo que, como eu, não gostem de todos da mesma forma, certamente haverá alguns que vos vão falar directamente ao coração. Posto isto: já viram BoJack Horseman? Mesmo quem não viu, consegui convencer-vos a ler este livro ou a esperar que chegue a sua tradução em português? 

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