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Rita da Nova

Qua | 10.02.21

The Hating Game, Sally Thorne

O tema deste mês d’Uma Dúzia de Livros veio para agitar as leituras e nos pôr a ler autores e géneros que normalmente não leríamos. Andei algum tempo em busca do livro certo para ler e posso dizer que acertei em cheio. Chama-se The Hating Game, da autora Sally Thorne, e é uma comédia romântica – eu, que gosto bem mais de ler coisas para chorar, achei que a experiência iria ser meh, mas acabei a adorar. 

 

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O enredo é muito simples: Lucy e Josh são colegas de trabalho, ambos são assistentes dos CEO de uma editora. Passam muitas horas juntos, mas desde o primeiro dia que as diferenças entre eles são tão grandes, que o ódio mútuo parece ser o único caminho nesta relação. Josh é frio, rígido e não faz questão que as pessoas com que trabalha gostem dele, desde que todos cumpram o que é suposto; Lucy é querida, preocupada e deixa muitas vezes que sobre trabalho para ela, desde que toda a gente esteja bem e feliz. 

 

Acompanhamos sempre o ponto de vista de Lucy e, como esta relação é feita de vários jogos de poder entre eles, percebemos que ela não se pode dar ao luxo de ficar a perder nas dinâmicas de ódio que compõem o dia-a-dia de trabalho. E isto torna-se ainda mais evidente quando aparece uma promoção aliciante, para a qual ambos concorrem. 

 

I have a theory. Hating someone feels disturbingly similar to being in love with them. I've had a lot of time to compare love and hate, and these are my observations. Love and hate are visceral. Your stomach twists at the thought of that person. The heart in your chest beats heavy and bright, nearly visible through your flesh and clothes. Your appetite and sleep are shredded. Every interaction spikes your blood with adrenaline, and you're in the brink of fight or flight. Your body is barely under your control. You're consumed, and it scares you. Both love and hate are mirror versions of the same game - and you have to win. Why? Your heart and your ego. Trust me, I should know.

 

Acho que esta citação resume tudo e, mesmo sendo uma narrativa por vezes previsível, soube-me muito bem ler sobre este caminho entre o ódio e o amor. Não minto se disser que fiquei com esta história na cabeça durante uns dias depois de a ter terminado – foi mesmo uma leitura positiva. Se calhar isto mostra-me que, apesar de o meu género ser fazer-chorar-as-pedras-da-calçada, posso também gostar de ler histórias fofinhas com finais felizes.

 

Já tinham ouvido falar deste The Hating Game? Vi que a autora tem mais dois livros editados, talvez lhes dê uma oportunidade quando me apetecer uma leitura de me deixar outra vez bem e nas nuvens.