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Rita da Nova

Qui | 27.08.20

Breakfast at Tiffany's

Demorei muito tempo a organizar a minha cabeça para conseguir escrever sobre o filme Breakfast at Tiffany’s, a nossa segunda incursão no desafio Filmes em 2ª Mão. Se não sabem do que se trata podem ler tudo neste post, mas em resumo: eu e o Guilherme decidimos ver alguns filmes considerados obrigatórios que nos falharam por qualquer motivo. Para já estamos a limpar primeiro os que estão na Netflix, daí termos ido parar aqui.

 

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Não tenho a certeza de saber a 100% o que dizer sobre este filme, com Audrey Hepburn como protagonista. É que, mais do que a experiência de ver este Breakfast at Tiffany’s, estamos aqui a falar da experiência de ver o filme em 2020.

 

Mas bom, antes de irmos do que senti ao ver o filme, aqui fica uma pequena sinopse: Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma jovem mulher fora do comum para a altura, vive sozinha e tem um grande fascínio pela loja Tiffany’s. Em resumo, é uma acompanhante de luxo que está constantemente em busca de um homem rico para casar, que lhe garanta uma vida financeiramente desafogada. A certa altura conhece Paul Varjak (George Peppard), um escritor meio falhado que faz dinheiro da mesma forma que Golightly. É óbvio que há ali uma atracção entre eles e o resto terão que ver para saber.

 

Ao longo do filme fui tendo momentos em que só pensava “que fritaria!” e acho que é porque, até meio, tentam mostrar a personalidade meio excêntrica desta mulher com demasiados sub-enredos. Já para não falar, claro, de coisas que, aos olhos de 2020, são bastante desconfortáveis: terem escolhido um actor americano para fazer de japonês, a apologia do casamento aos 14 anos, a forma tonta e machista como mostram a relação da personagem principal com os homens à sua volta e, claro, aquela cena do abandono do gato que me fez demasiada confusão, como podem calcular. Muita coisa mudou desde então, claro, daí ser preciso ir com mente aberta e noção de que se viviam realidades diferentes nos anos 60. Eu não sou a favor de se retirarem filmes com representações racistas, machistas, homofóbicas (entre outros) das plataformas de streaming, prefiro aquilo que a Netflix fez com este filme, que é alertar para a presença dessas cenas.

 

De qualquer das formas, gostei muito da parte final do filme, quando Holly e Paul vão viver a cidade de NYC e fazer várias coisas pela primeira vez. Gostava ter visto um filme mais centrado nesta relação entre os dois - fiquei com muita curiosidade em ler o livro do Truman Capote que inspirou o filme, aparentemente é uma experiência bem melhor! O que me têm a dizer, desse lado, sobre este Breakfast at Tiffany’s?