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Rita da Nova

Qui | 16.07.20

A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafón

Nesta minha aventura de reler a saga Cemitério dos Livros Esquecidos, do meu querido Carlos Ruiz Zafón, confesso que estava particularmente entusiasmada para voltar a pegar em A Sombra do Vento, de longe o meu livro preferido do autor e um dos meus favoritos de sempre. Foi um dos primeiros livros que tratei quase como sagrado, uma vez que me tinha sido emprestado e não quis danificá-lo - acho que, de certa forma, foi também um dos motivos que me levou a vê-lo com tanta admiração.

 

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Se não fazem a mínima ideia do que estou a falar (COMO ASSIM?), A Sombra do Vento acontece cronologicamente após O Jogo do Anjo e conta a história de Daniel Sempere, filho do Sr. Sempere, ambos responsáveis pela Livraria Sempere e Filhos (prometo tentar não repetir tantas vezes “Sempere”). Quando é pequeno, Daniel é levado pelo pai até um sítio mágico - o Cemitério dos Livros Esquecidos, onde são guardados livros que precisam de protecção e onde, na primeira vez que lá entra, o visitante pode escolher um livro para levar consigo.

 

Daniel escolhe um livro chamado A Sombra do Vento, de um tal de Julian Carax, mas quando tenta encontrar mais livros do autor encontra uma história cheia de mistérios e perguntas sem resposta. Anda alguém a tentar destruir todas as obras de Carax e Daniel, juntamente com o seu amigo Fermín, quer descobrir quem.

 

O destino está ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de lotaria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicilio. É preciso ir atrás dele.

 

É ainda melhor do que me lembrava, este livro. Para além de nos deixar presos do início ao fim e de ter personagens muito bem construídas, é também dotado de um sentido de humor que pontua muito bem o mistério que conduz a narrativa. Para além disso, é um livro sobre livros, sobre o que acontece quando nos apaixonamos por um livro ou um autor e não queremos que a experiência de o ler acabe - um bocadinho como me aconteceu com o próprio do Zafón e a sua escrita.

 

Acho mesmo que é um dos livros que qualquer pessoa deveria ler pelo menos uma vez na vida: quer seja um leitor compulsivo ou alguém que não se encanta assim tão facilmente pelos livros porque, em ambos os casos, tenho a certeza de que vai ser uma experiência marcante. Se há alguém desse lado que ainda não leu, acuse-se!

 

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A Sombra do Vento por Carlos Ruiz Zafón

Avaliação: 10/10