MEG // Como é ser voluntária com gatos
Depois de um primeiro post que escrevi aqui quando me tornei voluntária no MEG (Movimento de Esterilização de Gatos) e de partilhas que fui fazendo no Instagram, algumas pessoas ficaram curiosas sobre a experiência de dar um bocadinho do meu tempo aos gatinhos da associação. Tanto que foi um dos temas mais pedidos quando andei a questionar o que gostariam de ver por cá. Pois bem, hoje venho então contar-vos como é estar rodeada de gatinhos e o que faço pelo MEG.
Primeiro é importante que saibam que o MEG faz muitas coisas, pelo que acolher animais no abrigo é apenas uma delas. Essencialmente, o objectivo é controlar o aparecimento de ninhadas de rua e isso só se consegue através da esterilização. Embora eu nunca tenha participado nesse processo, sei que implica tentar capturar gatos, levá-los para serem esterilizados e depois tomar uma decisão: se forem completamente silvestres e estiverem saudáveis, são devolvidos às colónias onde vivem e onde serão certamente mais felizes - afinal, foi na rua que sempre estiveram. Se forem dóceis e com potencial de serem adoptados e/ou estiverem doentes, então são recolhidos.
É essencialmente neste ponto em que entro: todas as sextas-feiras vou até ao abrigo para tratar dos gatos que lá estão. Isso inclui limpar cocós (muitos!), dar-lhes comida e água, limpar as jaulas dos que têm que estar separados por algum motivo, dar medicações se necessário, limpar o espaço e, acima de tudo, ajudar a socializar os bichitos. Brincar com eles, tentar dar-lhes festas, tentar perceber a personalidade deles para ser mais fácil explicar como são na altura de serem adoptados.
Fazer a escala às sextas-feiras é uma das coisas que me dá mais prazer no trabalho que faço com o MEG, uma vez que são algumas horas em que não estou a pensar em nada em concreto (nem trabalho, nem problemas, nada) e estou apenas a aproveitar o meu tempo para descontrair e estar com os gatinhos. Muitas vezes ponho uma musiquinha a tocar e, acreditem, os gatos também parecem gostar!
Para além disso, há outras coisas que os voluntários normalmente fazem, como participar em recolhas de bens essenciais (que vamos retomar quando pudermos sair à rua, não é?), levar gatos ao veterinário ou acolhê-los em FAT - família de acolhimento temporário. Aliás, foi assim que a Bagheera veio cá para casa e depois acabou por ficar.
Acho que é isto! Espero que tenham gostado de saber um pouco mais e, confesso, tenho esperança que vos dê vontade de usarem um bocadinho do vosso tempo livre para fazer companhia a animais ou pessoas que precisem. Se não puderem, saibam que há sempre formas de ajudar, nomeadamente através de donativos em bens como comida, areia, materiais de limpeza (usam-se muitos rolos de cozinha!) ou resguardos.
Se quiserem ir conhecendo os gatos que temos para adopção, é acompanharem o MEG no Facebook e Instagram.